Cultura

“Metamorfoses” dá nova vida à Extensão do Romantismo do Museu da Cidade

  • Paulo Alexandre Neves

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A Extensão do Romantismo do Museu da Cidade ganha nova vida com a exposição “Metamorfoses: Imanência Vegetal, Mineral e Animal no Espaço Doméstico Romântico”, que hoje abre ao público. No edifício da Quinta da Macieirinha, os visitantes podem apreciar objetos - muitos deles pela primeira vez - que fazem parte do amplo legado cultural do antigo museu municipal, marcando uma nova etapa na vida do Museu da Cidade, centrada na apresentação do acervo do Município.

“Esta exposição inaugura uma nova fase, que há muito vem sendo preparada, e que terá como fulcro a apresentação sistemática do amplo e rico acervo municipal, com inserções periódicas de peças individuais ou núcleo de peças”, sublinhou, durante a inauguração, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

“Esta exposição engloba a introdução e consolidação de práticas integradas na conservação preventiva, inventariação, controlo e gestão ambiental das diferentes estações do museu, assim como um considerável investimento na organização e qualificação dos espaços de reserva, cujo reestruturação terá como centro o Abrigo dos Pequeninos, no Bonfim”, acrescentou.

Nuno Faria, diretor artístico do Museu da Cidade, destaca as principais novidades da exposição: apresentação dos caminhos do romântico, um espaço evocativo do rei Carlos Alberto e um núcleo de evocação da história do Museu Romântico. “Cinquenta anos de história que serão aproveitados para lançarmos algumas iniciativas, projetos educativos e, a partir de maio, ‘conversas semanais’, todas às quartas-feiras, às 19 horas, com especialistas de diferentes áreas”, revelou.

Exposição como espaço de investigação e observação

A mostra, com peças vindas de vários núcleos do Museu da Cidade (Casa-Museu Guerra Junqueiro e Marta Ortigão Sampaio, antigo Museu Municipal do Porto) e de obras que o Município mantém em depósito no Museu Nacional Soares dos Reis ou no Museu de História Natural e da Ciência da universidade do Porto, foca-se no processo de integração do imaginário e da temática vegetal, animal e mineral no espaço doméstico, transformando as salas da Casa da Quinta da Macieirinha num espaço de investigação e de observação, com um amplo conjunto de objetos, já anteriormente apresentados no antigo Museu Romântico e outros nunca antes vistos.

O Museu da Cidade prossegue, assim, a tarefa de apresentar aos seus cidadãos o legado cultural da cidade, com a descoberta de importantes peças do acervo do antigo museu municipal do Porto, inaugurado em 1848, a partir do espólio de João Allen (Museu Allen), colecionador que reuniu e exibiu uma coleção exemplificativa do interesse emergente no século XIX, em torno de esferas do conhecimento muito abrangentes. Muitas destas peças encontram-se em depósito e ao cuidado do Museu Nacional Soares dos Reis.

Durante o período da exposição permanente, serão inseridas periodicamente peças individuais ou núcleos de peças, tornando-a uma espaço dinâmico e de descoberta permanente do acervo municipal.

Esta exposição acontece na sequência de um trabalho estrutural em torno da gestão da coleção do Museu da Cidade, desenvolvido há aproximadamente dois anos e meio, que inclui a introdução e consolidação de práticas integradas de conservação preventiva, de inventariação e de controlo e gestão ambiental das diferentes estações do Museu.

O momento marca, também, um primeiro desvelar da Coleção Távora Sequeira Pinto, que será apresentada na futura Extensão do Museu da Cidade, no Matadouro de Campanhã.

Os portadores do cartão Porto. têm acesso gratuito a esta mostra.

Este sábado, a exposição pode ser visitada entre as 15 e as 20 horas. A partir de amanhã poderá ser visitada, de terça-feira a domingo, entre as 10 e as 17,30 horas.

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