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Maratona do Porto com oito mil à partida e um novo recorde à chegada

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No regresso ao formato presencial, a EDP Maratona do Porto voltou à estrada com energia redobrada, com o queniano Zablon Chumba a estabelecer novo recorde na prova masculina, retirando sete segundos ao anterior máximo detido desde 2018 pelo ugandês Robert Chemonges. Carlos Costa e Solange Jesus foram os melhores lusos, terminando as respetivas corridas no oitavo lugar da geral.

Cumprindo com as melhores expetativas da organização, a 17.ª edição da EDP Maratona do Porto juntou na manhã deste domingo mais de oito mil participantes, em representação de 57 nacionalidades, no conjunto das três distâncias que compunham o programa do evento: os clássicos 42 km da prova rainha do atletismo, os 10 km da Family Race (também designada por APO Corrida dos Ossos Saudáveis) e os 6 km da mini caminhada (Fun Race), esta última disputada sem fins competitivos.

O recorde da prova viria a cair este domingo por intermédio do queniano Zablon Chumba, de 30 anos, que venceu a 17.ª edição da Maratona do Porto em 2h08m58s, retirando sete segundos ao anterior máximo, detido desde 2018 pelo ugandês Robert Chemonges, e nada menos do que 40 segundos à sua melhor marca pessoal, fixada em outubro de 2019, em Toulouse (França).

Sem conseguir acompanhar o ritmo do seu compatriota nos quilómetros finais, Bernard Kiprotich não deixou, ainda assim, escapar o segundo lugar, terminando com 2h09m42s, à frente do etíope Asnake Dubre, que fechou o pódio em 2h10m14s. Carlos Costa, atleta do São Salvador do Campo, foi o melhor português na oitava posição da classificação geral, com 2h22m44s.

Etíopes dominam pódio feminino

Na prova feminina, o recorde de Monika Jepkoech (2h26m58s) mantém-se de “pedra e cal”, já que nenhuma das africanas presentes conseguiu aproximar-se do registo estabelecido pela queniana em 2017.

A primeira atleta a completar a maratona foi a etíope Kidsan Alema, de 26 anos, com o tempo de 2h28m01s, um novo recorde pessoal, seguida das compatriotas Shewarge Alene Amare e Motu Megersa, com 2h28m16s e 2h28m56s, respetivamente.

A nível nacional, destaque para o oitavo lugar de Solange Jesus, atleta do Clube Desportivo Feirense, que completou a prova em 2h33m21s, naquela que foi a sua estreia na distância, após a recente vitória na Meia Maratona do Porto.

Na prova de 10 km de distância, a APO Family Race Corrida dos Ossos Saudáveis, a discussão pelos primeiros lugares decidiu-se apenas nos derradeiros metros, com Paulo Rosário (SC Braga) a levar a melhor, cruzando a linha de meta aos 29m49s. Na segunda posição chegou o atleta do CD Feirense, Fábio Oliveira, com 29m54s, seguido por Ricardo Pereira, da Associação Jardim da Serra, com 29m59s. 

Do lado feminino, Rafaela Almeida (Sport Comércio e Salgueiros) foi a melhor, cumprindo a distância em 34m26s. Susana Godinho, do CD Feirense, foi segunda, em 34m54s, enquanto Mónica Silva (S. Salvador do Campo) completou o pódio, com 35m25s.

A cerimónia de pódio, que premiou os primeiros classificados, contou com as presenças de Catarina Araújo, vereadora com o pelouro do Desporto da Câmara do Porto, Luísa Salgueiro, presidente da Câmara de Matosinhos, Vítor Dias, diretor Regional Norte do Instituto Português do Desporto e da Juventude, Jorge Teixeira, diretor geral da Runporto, e Inácio Ribeiro, vice-presidente do Turismo Porto e Norte.

Depois do adiamento forçado em 2020, quando a prova se realizou apenas no formato virtual, este regresso fez-se ainda com algumas restrições, como a apresentação obrigatória do certificado digital de vacinação ou de um teste negativo à covid-19, o uso obrigatório de máscara na partida (e durante os primeiros 200 metros) e logo após a chegada, mas também no espaçamento entre os atletas na zona de largada, a maior de sempre na Maratona do Porto.

Sem a habitual incursão por Vila Nova de Gaia, inviabilizada este ano devido às obras que decorrem no tabuleiro inferior da ponte Luis I, a prova desenvolveu-se apenas nas cidades do Porto e de Matosinhos (que acolheu 18 dos 42 km da corrida principal), o que terá contribuído para um percurso mais plano e, também por isso, mais rápido, como os resultados finais viriam a confirmar.