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Mais quatro estabelecimentos comerciais incluídos no Porto de Tradição

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O Executivo aprovou nesta segunda-feira por unanimidade, em reunião privada, a inclusão de mais quatro estabelecimentos comerciais no “Porto de Tradição”: Padaria Formosa, Porto Meia Boutique, Chapelaria Centro da Moda e Padaria Oriental. Estes passam a integrar o grupo de 107 associados no programa municipal.

A Padaria Formosa, localizada na Foz do Douro, é uma das mais antigas do Porto, com fabrico próprio. Conta-se que as suas origens remontam a 1875, no local onde estava instalada, na Rua de Gondarém, 362, a Companhia Portuense de Panificação. Em 1943 a padaria é comprada por Manuel Ferreira, oriundo de Paredes, que lhe deu o nome de “Formosa”. Continua na posse da família, sendo agora uma filha de Manuel Ferreira, quem dá continuidade ao negócio familiar. Mantem os processos tradicionais de fabrico de alguns dos produtos, alguns deles cozidos em forno a lenha.

Já a Porto Meia Boutique foi fundada em 1936, permanecendo no mesmo local (Rua de Santa Catarina, 213) e mantendo o seu carater identitário. Atualmente, caracteriza-se como sendo uma “boutique” de luxo, onde são vendidas roupas e acessórios de marcas mundialmente conhecidas, originais e de qualidade. O estabelecimento é reconhecido pelo acompanhamento de tendências e necessidades, de uma clientela “Premium” de portuenses e turistas, sendo uma referência diferenciadora da oferta na cidade ao longo da sua existência.

Uma outra loja reconhecida foi a Chapelaria Centro da Moda. Fundada em 1897, por José Carvalho da Silva, localiza-se, atualmente, na Rua Nova de São Crispim, 237. O estabelecimento está ligado à família Baião desde 1942, sendo o atual proprietário, José Baião, por sucessão ao avô e ao pai. O estabelecimento comercializa artigos de chapelaria de produção própria, nacional e internacional.

Os primeiros registos da existência de um estabelecimento comercial na Avenida Rodrigues de Freitas, 135-139, surgem em 1926. A Padaria Oriental tem uma unidade de fabrico que funciona em espaço contíguo à área de venda, com fabrico próprio de diferentes variedades de pão e doçaria regional, segundo processos tradicionais e artesanais, com cozedura em forno de lenha. A produção destina-se maioritariamente para revenda a estabelecimentos de restauração e hotelaria.

Como é regra do programa, os quatro estabelecimentos passaram por um processo de consulta pública, que culminou, agora, no seu reconhecimento efetivo pelo Porto de Tradição, dando sequência à proposta assinada pelo vereador das Atividades Económicas, Economia, Emprego e Empreendedorismo, Ricardo Valente.

O Porto de Tradição enquadra-se na prioridade dada pelo Município à proteção dos estabelecimentos e entidades de interesse histórico e cultural ou social da cidade do Porto.

Instituído em 2016, o programa de proteção passou, em 2019, a contar, adicionalmente, com um Fundo Municipal de Apoio para as lojas e entidades reconhecidas pela iniciativa. Este ano, o montante é superior a 370 mil euros, verba proveniente, exclusivamente, do orçamento da autarquia.