Ambiente

Mais duas centenas de árvores firmam as raízes do compromisso comum da cidade com a neutralidade

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Mais do que uma assinatura, fazer parte do Pacto do Porto para o Clima implica pôr as mãos no terreno para, em comunidade, garantir a neutralidade carbónica. Juntando a essa certeza a missão do Município de plantar, este ano, mais de 1.300 árvores nos parques da cidade, dezenas de subscritores aceitaram o desafio e, no Parque de São Roque, assumiram a responsabilidade de dar vida a algo para tão longos anos e benefício de tantos.

Estas são as árvores que completam a plantação iniciada em março com as crianças da Escola Básica dos Correios, no Parque da Cidade, para entregar à cidade os exemplares doados no âmbito da campanha “Rolha a rolha, semeie a recolha”, que recolheu cerca de 67.500 rolhas em 61 espaços aderentes.

“Estando, desde o início, no Pacto do Porto para o Clima temos participado em todas as atividades e isto só engrandece a cidade ainda mais”, sublinha o vice-presidente do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), por entre as dezenas de carvalhos, azinheiras e azevinhos que ajudou a plantar na tarde desta quarta-feira.

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Certo de que “só todos trabalhando em conjunto é que conseguimos, até 2030, alcançar os objetivos da cidade”, Roque Brandão garante que o ISEP “está comprometido com os valores [do Pacto]” e “também quer ser uma entidade sustentável”.

O que se traduz na convivência com mais de 150 árvores no campus na Asprela, além de uma horta vertical e da promoção de diversos “projetos na área ambiental e da neutralidade carbónica”. O combate ao plástico pela comunidade estudantil já lhe valeu mesmo um “Coração Verde”.

Além do ISEP, cavaram, plantaram e regaram as novas árvores do Parque de São Roque representantes de instituições públicas e privadas, entre escolas e faculdades, empresas e associações, mas também entidades desportivas, como o FC Porto.

Para a responsável de sustentabilidade do clube, esta “é uma atividade fundamental”. “O ambiente é de todos e, por isso, é fundamental este trabalho em comunidade. Só assim é que vamos conseguir atingir os resultados”, sublinha Teresa Santos.

Comprometido, desde o primeiro momento com o Pacto, o FC Porto assume-se como um parceiro na missão da neutralidade carbónica. Para isso, destaca a responsável, instalou, recentemente, dois mil painéis fotovoltaicos nas suas instalações. Hoje, “temos já a unidade do centro de treinos a funcionar em autoconsumo”. Seguem-se as Piscinas de Campanhã e o Dragão Arena.

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Ambição convoca toda a cidade

“Muito contente” com a adesão dos subscritores ao convite para “ajudar a florestar a cidade, uma iniciativa importante no âmbito do Pacto do Porto para o Clima”, o vice-presidente da Câmara do Porto considera esta a “melhor forma de terminar o processo” de plantação.

“Estas instituições já se tinham juntado a nós quando assinaram o Pacto e estão connosco naquilo que é um compromisso em torno das metas que o Município pretende atingir até 2030”, sublinha Filipe Araújo.

O também responsável pelo Ambiente e Transição Climática admite que “são metas muito ambiciosas”, mas que é isso que justifica a “convocação de todos para conseguirmos chegar lá”.

Nesta tarde no Parque de São Roque, os jardineiros municipais dão uma ajuda, mas todos apanharam, rapidamente, o jeito. “Agora é deixar crescer”. “Podemos continuar? Se não os miúdos dão-nos um avanço”. Claro que sim, até às 260 árvores há muito trabalho. E 2030 é já aí.