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Livraria Lello expande-se para espaço cultural com assinatura de Siza Vieira

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A 13 de janeiro de 1906, era inaugurado o monumento de interesse público que é a casa da icónica Livraria Lello. Hoje, 115 anos depois, “uma das mais belas livrarias do mundo” começa a contar a história escrita em união com o mais premiado arquiteto português de sempre, Álvaro Siza Vieira.

O projeto assinado pelo vencedor do Prémio Pritzker – a mais alta distinção no mundo da Arquitetura – vai ganhar vida no número 148 da Rua das Carmelitas, o que irá permitir a ligação à própria livraria, facilitando a circulação das pessoas de um espaço para o outro.

Nas palavras de fonte oficial da Lello, o Porto irá receber “um edifício com alma própria”, “dedicado à cultura” e “com diferentes valências, contribuindo para aumentar a oferta cultural e turística da cidade”. A criação deste novo espaço pretende “oferecer uma experiência mais qualificada a leitores e visitantes, aumentar a oferta cultural, partindo do livro, tendo alma e um programa próprios”.

Para a presidente do Conselho de Administração da Livraria Lello, Aurora Pedro Pinto, a requalificação daquele edifício “é a realização de um sonho” e significa “um investimento não só na Livraria Lello, mas também na cidade”. A parceria com Siza Vieira não é pioneira, uma vez que o arquiteto e a família Pedro Pinto já trabalharam juntos “noutros ícones do património da cidade e da região”.

Em dia de aniversário, a livraria anunciou, ainda, a aquisição do espólio da centenária Coimbra Editora e Gráfica Coimbra, que fechou portas em 2020, aos 100 anos. Entre as publicações adquiridas, estarão agora na Lello primeiras edições de obras de Miguel Torga, bem como publicações de Marcelo Caetano e de António de Oliveira Salazar e obras de Vergílio Ferreira e Eugénio de Andrade. “A aquisição destes livros insere-se num projeto mais vasto que a Livraria Lello tem vindo a desenvolver, no sentido de preservar o património livreiro”, afirma a empresa.

Em 2008, a Livraria Lello foi considerada pelo jornal The Guardian como uma das mais belas do mundo, e, em 2011, “uma pérola de arte nova” pela editora de guias de viagens Lonely Planet.