Linha Rubi da Metro do Porto vai acelerar objetivos ambientais da cidade

A construção da linha Rubi da Metro do Porto, que vai ligar Santo Ovídio (Gaia) à Casa da Música (Porto), será um fator de aceleração dos objetivos ambientais da cidade. O estudo de procura estima que esta nova ligação deverá retirar 5,2 milhões de carros da estrada em 2026, ano previsto para o arranque do funcionamento da linha.

O documento indica que em 2026, ano previsto para o arranque do funcionamento da linha Rubi, estão previstos 11,4 milhões de passageiros para o traçado, que também passará na estação ferroviária das Devesas, em Vila Nova de Gaia. Nesses números inclui-se o aumento de 404 mil passageiros de procura induzida, ou seja, a procura “que não existia no sistema de transportes antes da entrada em funcionamento da extensão da rede.”

“Em 2026, com o efeito da entrada em operação da linha Rubi, o número de passageiros em transportes públicos (na Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, nos operadores privados e na CP – Comboios de Portugal) também aumenta em dois milhões”, escreve a agência Lusa, citando o estudo elaborado para a Metro do Porto pelo coordenador Álvaro Costa (professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) e pelas consultoras Cláudia Moreiras, Inês Bartolomeu e Tanya Valkanova.

A construção da linha Rubi implicará a instalação de uma nova ponte sobre o Douro, reservada exclusivamente ao metro, peões e bicicletas. Esta futura ponte, assim como todos os trabalhos de construção da linha Rubi, são totalmente financiadas, a fundo perdido, por verbas inscritas no Plano de Recuperação e Resiliência.

Com a entrada em funcionamento da linha Rubi e a consequente redução do tráfego automóvel, o Porto dará um passo importante rumo à neutralidade carbónica. A cidade integra o lote de 100 urbes selecionadas pela Comissão Europeia para integrar a Cities Mission – “Cidades Inteligentes e com um Impacto neutro no Clima”.

Em janeiro deste ano foi apresentado o Pacto do Porto para o Clima, uma iniciativa através da qual o município pretende agregar a sociedade num compromisso com metas ambiciosas no que diz respeito à neutralidade carbónica. Lançando o desafio a toda a sociedade civil – instituições públicas, privadas, academia e mesmo o cidadão comum – a cidade pretende despertar a ação dos cidadãos e organizações e criar uma comunidade de aprendizagem, partilha e apoio mútuo, com o objetivo de tornar o Porto líder, a nível nacional, na ação climática.