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Linha para apoio de emergência às associações do Porto vai ter verba reforçada

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Miguel Nogueira

Criação de linha de auxílio ao movimento associativo, com o objetivo de colmatar os efeitos da pandemia, vai ser votada na reunião de Executivo da próxima segunda-feira, dia 8. A proposta prevê afetar a este programa um montante global de 200 mil euros.

Será um passo adiante relativamente à primeira edição da Linha de Apoio de Emergência às Associações do Porto – Covid-19, que tinha disponibilizado 150 mil euros ao movimento associativo para fazer face às dificuldades de tesouraria.

A proposta, assinada pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, surge “com o objetivo de assegurar que as associações da cidade não ficam totalmente desprotegidas” e assinala que a pandemia “tem vindo a provocar sérios constrangimentos sociais e económicos, importando o cenário de uma recessão económica grave e com um impacto profundo no dia-a-dia das pessoas, das famílias e das instituições”.

“Face à excecionalidade do momento que vivemos muitas das associações confrontam-se com graves dificuldades de tesouraria para solver os compromissos com despesas correntes, dado que muitas se viram a uma paragem e encerramento forçados, aos quais importa dar uma resposta e apoiar”, pode ler-se na proposta, que prevê disponibilizar em 2021 um total de 200 mil euros, mais 50 mil euros comparativamente ao ano passado.

O esforço de fazer crescer o montante distribuído através desta linha de apoio decorre da estratégia definida pelo município para atenuar os efeitos subsequentes da pandemia: “Em face do atual quadro, importa reforçar, renovando, as medidas de apoio ao movimento associativo que permanece com grandes dificuldades em fazer face às despesas correntes de funcionamento, tal como aconteceu em 2020, com comprovado sucesso e relevância no apoio próximo e célere à subsistência das entidades beneficiadas com a Linha de Emergência aprovada”, recorda-se.

“As associações, coletividades e clubes continuam a desempenhar uma função relevante, pois são espaços privilegiados de sociabilidade, de construção de identidades e afetividades, de ocupação dos tempos lives, de dinamização da vida cultural, recreativa e desportiva, contribuindo para a coesão da cidade a diversas dimensões que importa preservar”, salienta ainda a proposta assinada por Rui Moreira.

A reedição da Linha de Apoio de Emergência às Associações do Porto – Covid-19, já tinha sido abordada na reunião de Executivo de 25 de janeiro, quando o presidente da Câmara do Porto reconheceu que “a linha funcionou bem” na sua primeira edição e que o cenário atual justifica a sua reativação. Na ocasião, os vereadores da oposição mostraram-se favoráveis a esse desígnio.

Paralelamente à Linha de Apoio de Emergência, o movimento associativo do Porto vai voltar a contar com o apoio do Fundo Municipal de Apoio ao Associativismo Portuense, cuja terceira edição teve a abertura aprovada na mesma reunião de Executivo. Este instrumento disponibiliza 800 mil euros para um total de 28 projetos, divididos por quatro eixos.