Urbanismo

Levar a sério a brincadeira das crianças constrói comunidade em (cada vez mais) espaços infantis

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Quantas brincadeiras cabem em cerca de 700 metros quadrados de espaço verde recheado de baloiços, escorregas, cavalos de madeira, paredes de escalada e outros tantos equipamentos de diversão? Na abertura do novo parque infantil de Campanhã, inserido no jardim junto ao Terminal Intermodal, a alegria, a energia e as gargalhadas dos mais pequenos respondem por si: são infinitas.

É um dos 21 equipamentos para as crianças criados desde 2013 e que fazem de cada canto do Porto um espaço de brincadeira. "Hoje, temos 33 parques infantis, uma capacidade de equipamentos deste género que preenche e que varre a cidade no seu todo, em todas as freguesias, em toda a sua latitude", sublinha o vice-presidente da Câmara, numa visita ao espaço, na manhã desta quarta-feira.

E isso, confessa Filipe Araújo, "deixa-nos muito felizes porque o que queremos é uma cidade que seja para os jovens, para as crianças, que haja mais propensão para as pessoas terem aqui filhos, que vivam numa cidade que seja amiga das crianças".

A aposta em novos parques infantis, mas também a manutenção específica dos existentes, com cuidados diários em matéria de limpeza, varredura e inspeção geral dos equipamentos, aliada a espaço semelhantes, como parques e jardins, cresce em aspetos como o ambiente, o lazer, a atividade física, mas também a inclusão.

"Termos a possibilidade de convivermos em comunidade é algo extremamente importante", considera o vice-presidente. Filipe Araújo admite que "queremos que haja, cada vez mais, cidade em que todos convivamos. E os espaços públicos bem cuidados são preponderantes para isso. Daí termos investido tanto nos parques, nos jardins, na sua reabilitação e manutenção, mas também em novos".

Um parque para as crianças, um espaço para todos

Com cerca de 700 metros quadrados, e em sintonia com a envolvente do terminal, este novo parque prima pela facilidade de acessos e inclusividade, de forma a incentivar a prática desportiva e lúdica na população mais jovem, mas também a proporcionar dinâmicas intergeracionais ao ar livre.

O também responsável pelo Ambiente e Transição Climática reforça a relevância deste equipamento num lugar "muito importante para nós", como o Terminal Intermodal de Campanhã (TIC), também ele nascido "numa zona especial, de maneira especial" e dotado de um espaço verde de quase cinco hectares, "já muito usufruído pela população".

Projetado para ser ambientalmente sustentável, o TIC está localizado por baixo da maior cobertura verde alguma vez implantada num edifício público da cidade. As cerca de 1.600 árvores ajudam à absorção da poluição do ar e visual da estrutura.

E o parque Infantil não foge a esta premissa, com materiais maioritariamente de origem natural, como a madeira dos equipamentos ou a casca de pinho dos pisos de amortecimento. Um investimento nas brincadeiras dos mais pequenos, que, adianta Filipe Araújo, não ficará por aqui.