Cultura

Lançado livro sobre bicentenário da Revolução Liberal de 1820

  • Paulo Alexandre Neves

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O presidente da Câmara do Porto esteve, esta segunda-feira, na apresentação do livro “A Construção da(s) Liberdade(s)”, coeditado pela UPorto Press e pelo CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), com o apoio da autarquia.

O livro reúne os textos das intervenções proferidas na sessão inaugural do congresso comemorativo do bicentenário da Revolução Liberal de 1820 e de três dezenas das comunicações inscritas nesse evento, que deveria ter ocorrido em 2020, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, mas que pelas circunstâncias epidémicas da altura inviabilizaram, de forma presencial, o debate aberto e transversal entre especialistas de diversas áreas do saber e entre estes e a cidade.

“Aquilo que sucedeu na cidade, e de que este livro é o epílogo das comemorações do bicentenário da Revolução Liberal, deve-nos encher de orgulho, porque tudo fizemos para celebrar condignamente a data”, sublinhou Rui Moreira, não deixando de fazer um reparo ao que se passou no resto do país: “Infelizmente, não teve, mesmo na Assembleia da República, que é filha de 1820, o relevo que deveria e merecia ter tido”.

O presidente da Câmara do Porto, que estava acompanhado do chefe de gabinete, Vasco Ribeiro, do reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, da diretora da Faculdade de Letras, Fernanda Ribeiro, e da docente da FLUP e coordenadora do CITCEM, Amélia Polónia, transpôs os ideais da Revolução Liberal para a atualidade e chegou à conclusão que “continuam a ser fundamentais. Liberdade e democracia são sempre instrumentos frágeis. Não são dados adquiridos. Olhemos para estes últimos dois anos e pensemos no que aconteceu”.

Além das intervenções institucionais proferidas na cerimónia de abertura (presidente da Câmara, reitor da Universidade do Porto, diretora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e coordenadora científica do CITCEM) e do poema “Da Liberdade: respirações”, da autoria de Ana Luísa Amaral, o volume inclui cinco partes temáticas: “Revoluções pela(s) liberdade(s)”, “Pensar a liberdade: ideologias, utopias e distopias”, “A prática social da(s) liberdade(s)”, “Liberdade de imprensa, comunicação e opinião pública” e “Representações da(s) liberdade(s)”.

O livro, que nas palavras do reitor da UPorto, António Sousa Pereira, é tão mais necessário porque “devemos sempre projetar o futuro, analisando o passado”, reúne textos da autoria de investigadores de várias universidades portuguesas e estrangeiras (em especial, do Brasil) e de diversas áreas do conhecimento.

Hino da Europa na Torre dos Clérigos

Antes, o presidente da Câmara marcou, também, presença no concerto do Hino da Alegria, de Beethoven, considerado o Hino da Europa, interpretado por Rui Soares, no carrilhão da Torre do Clérigos.

A iniciativa, promovida pela CCDR-NORTE e Irmandade dos Clérigos, assinalou o Dia da Europa e contou com uma projeção, em streaming, na entrada da Torre.