Economia

Laboratório do Porto angaria 1 milhão de dólares para investigar Covid-19, cancro e Alzheimer

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Porto.

A iLoF - intelligent Lab on Fiber, uma spin-off da Universidade do Porto, levantou 1 milhão de dólares para o financiamento de três projetos de investigação, que vai aplicar no combate à COVID-19, cancro e Alzheimer. Microsoft e Mayfield são os investidores.

Nascida no INESC TEC e atualmente incubada na Faculdade de Medicina (FMUP), a iLoF assinou, nos Estados Unidos da América, o acordo de financiamento com o fundo M12 da Microsoft e com a venture capital (fundo de capital de investimento) Mayfield.

O montante, no valor aproximado de 870 mil euros, servirá para a equipa de investigadores fundada por Luís Valente (CEO), Joana Paiva, Paula Sampaio, todos eles da Universidade do Porto, e ainda por Mehak Mumtaz, da Universidade de Oxford, desenvolver vários projetos no domínio da "medicina personalizada", avança o Notícias U.Porto.

Na decisão de atribuir este financiamento terão certamente pesado os resultados que o grupo de investigadores tem vindo a apresentar à comunidade científica. Em março deste ano, o INESC TEC anunciava que neste laboratório foi desenvolvido um sistema de "testes rápidos e pouco evasivos" que permite identificar, distinguir e isolar células cancerígenas, com recurso à fibra ótica.

Em 2019, a mesma startup foi uma das vencedoras de um programa de aceleração do EIT Health, o maior consórcio da área da saúde no mundo, tendo recebido dois milhões de euros para combater o Alzheimer, através da inteligência artificial e da fotónica.

Agora, esta inovadora tecnologia, apelidada com o nome do próprio laboratório iLoF - intelligent Lab on Fiber, escalou, podendo ter aplicabilidade no combate a um trio de doenças, esclarece o Notícias U.Porto. "Consegue fazer análises de múltiplos perfis biológicos, identificando, por exemplo, se um paciente tem biomarcadores que indiciam Alzheimer, um grau mais ou menos agressivo de cancro, se vai desenvolver sintomas profundos provocados pela COVID-19 ou, então, tornar-se assintomático".

O financiamento obtido recentemente no mercado americano veio dar um forte impulso no negócio da empresa. "Irá ajudar a acelerar as nossas colaborações com os nossos parceiros clínicos na Europa e nos EUA, aproximando-nos do nosso objetivo de tornar a experiência de desenvolvimento de medicamentos muito mais humana e conveniente para os pacientes, enquanto tornamos o processo muito mais eficiente e flexível para a indústria", afirma Luís Valente, CEO da iLoF, à mesma fonte.

O laboratório conta atualmente com 15 colaboradores, aos quais se devem juntar mais cinco até ao final de 2020.