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Laboratório de Inovação Social capacita equipas para o empreendedorismo e a coesão

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A segunda fase do Laboratório de Inovação Social – bootcamp - decorreu no fim de semana, no Auditório da UPTEC – Asprela I, com a participação de dois elementos de cada uma das equipas 20 equipas selecionadas, das 41 candidaturas recebidas.

O concurso destina-se a selecionar propostas e ideias com enfoque no combate ao isolamento dos idosos, à vulnerabilidade dos jovens que saem do acolhimento residencial e à desinserção das pessoas com deficiências. As propostas apresentadas devem ser, ainda, novas soluções de âmbito conceptual, processual, produto e/ou serviço, ainda não implementadas na cidade do Porto.

O vereador com o pelouro da Coesão Social da Câmara do Porto destacou, na sessão de abertura da iniciativa, o papel do CIS – Centro de Inovação Social do Porto, enquanto agente capaz de "capacitar e empoderar os empreendedores sociais e as entidades do terceiro sector nas áreas do Empreendedorismo e Inovação Social".

Assim, o projeto do Laboratório de Inovação Social "assente num modelo de experimentação colaborativa" pretende responder a quatro objetivos: promover a geração e experimentação de novas soluções para os problemas sociais da cidade, potenciar condições para que as novas soluções aos problemas sociais da cidade se orientem para a resolução das suas causas, contribuir para que atores públicos e privados locais incorporem o impacto na sua tomada de decisão e envolver os atores dos vários setores da sociedade para uma abordagem conjunta e multissetorial aos problemas sociais da cidade do Porto.

Das 20 ideias presentes no bootcamp, 10 pretendem responder ao problema do isolamento social dos idosos na cidade do Porto; sete apresentaram soluções para a vulnerabilidade social dos jovens que saem do acolhimento residencial para a autonomia de vida e três pretendem responder ao problema da desinserção social e simbólica das pessoas com deficiência.

O perfil dos participantes é muito heterogéneo em termos de idades, backgrounds académicos e profissionais e conhecimento sobre empreendedorismo e inovação social. Estiveram presentes técnicos de organizações sociais, reformados da área corporativa, estudantes universitários, professores universitários, empreendedores sociais.

Fernando Paulo destacou, ainda, dois grandes objetivos do bootcamp, nomeadamente: ser um mecanismo de seleção que "serve para a equipa de gestão do LAB poder avaliar as soluções e equipas, especialmente nos aspetos que são difíceis de avaliar através de um formulário, relacionados com a forma como a equipa trabalha, bem como o da evolução no desenvolvimento das ideias e ser um momento de capacitação acelerado das equipas, que lhes permita adquirir conhecimentos e ferramentas de empreendedorismo social”, referiu.

Ao longo dos dois dias, além de momentos teóricos e de partilha de conhecimentos, foram dinamizadas sessões de trabalho em equipa e entre equipas, networking, dinâmicas de interação entre os participantes e a possibilidade de consultarem especialistas académicos sobre cada um dos problemas sociais a concurso.

O Laboratório de Inovação Social é desenvolvido no âmbito do Plano de Ação da Operação Integrada do Território de Intervenção AMP Centro-Oriental, ao abrigo do investimento – Operações Integradas em Comunidades Desfavorecidas na Área Metropolitana do Porto, do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência.