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José Cid e tributo ao Conjunto António Mafra garantem festa nos Aliados na noite de São João

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A música popular portuguesa toma conta da noite de São João. Logo após o espetáculo de fogo de artifício sobre o rio Douro, José Cid sobe ao palco da Avenida dos Aliados. O artista deixa um aviso aos portuenses: "Não esperem por um concerto, mas por uma grande festa". Antes, a partir das 22 horas, a principal sala de visitas da cidade acolhe um Tributo a António Mafra, relembrando alguns dos sucessos do Conjunto que mais músicas dedicou ao São João do Porto.


Três anos depois de juntar mais de 120 mil pessoas no palco maior da cidade, José Cid está de volta ao Porto para animar a noite de São João.

Recentemente homenageado com o Globo de Ouro de Mérito e Excelência, o cantor, compositor, instrumentista e produtor musical subirá ao palco dos Aliados às 00,30 horas, logo após o tradicional espetáculo de fogo de artifício que será lançado sobre o rio Douro.

Nas palavras do músico que mais sucessos produziu em Portugal, "não esperem por um concerto, mas por uma grande festa".

No concerto, onde será acompanhado pela Big Band, José Cid vai interpretar canções do seu mais recente álbum, "Clube dos Corações Solitários do Capitão Cid", revisitando também alguns dos seus temas de maior sucesso, como "A lenda de D. Sebastião", "Vinte anos", "Cai neve em Nova Iorque", "A cabana junto à praia", "Ontem, hoje e amanhã" ou "Um grande, grande amor", com a qual venceu o Festival RTP da Canção em 1980.

TRIBUTO A ANTÓNIO MAFRA A ABRIR A NOITE

A abrir a noite, pelas 22 horas, os Aliados transformam-se no maior arraial da cidade, apresentando um concerto que pretende ser uma homenagem a um dos grupos que mais músicas dedicou ao São João do Porto: o Conjunto António Mafra.

"Sete e pico", "Arrebita, arrebita, arrebita", "O carteiro", "Ora vejam lá", "Sopas de vinho não embebedam", "O Carrapito da D. Aurora", "Pancadinhas do Meu Alho" ou "O Manjerico" foram alguns dos muitos êxitos do grupo que se apresentou ao público pela primeira vez na noite de São João de 1955.

Apesar da morte, em 1977, de António Mafra, compositor, letrista e intérprete de guitarra portuguesa, o grupo manteve-se em atividade até 2011, deixando uma discografia que inclui uma centena de EP (Extended Play) e mais de 20 LP (Long Play).

Em abril deste ano, o Porto despediu-se de José Mafra, um dos fundadores do Conjunto António Mafra. Em junho de 2016, tinha morrido o vocalista do grupo, Manuel Barros.

Fundado em janeiro de 2015 pela vontade de recordar um dos maiores nomes da música popular portuguesa, o Conjunto Memórias de António Mafra será o responsável por este Tributo em noite de São João, evocando os principais sucessos do grupo na companhia de alguns convidados especiais.

CONCERTO DE SÃO JOÃO NO FERIADO

Mas como o São João não se esgota na noite, a tarde de 24 de junho reserva ainda mais uma atuação no palco da Avenida dos Aliados, agora com a Banda Sinfónica Portuguesa, no tradicional Concerto de São João, este ano com início às 17 horas e a presença especial do Quarteto de Clarinetes de Lisboa.

RUSGAS DESFILAM A 22 DE JUNHO

Ainda antes dos concertos, a principal sala de visitas da cidade acolhe as tradicionais Rusgas de São João, desta vez, na noite de 22 de junho, a partir das 21,30 horas.

O desfile, que contará com sete rusgas, uma por cada freguesia da cidade, será este ano concentrado na Avenida dos Aliados, mantendo-se a exibição obrigatória perante a banda do júri na Praça do General Humberto Delgado, em frente ao edifício dos Paços do Concelho.

O São João do Porto é uma das principais festas do país, sendo já referenciada internacionalmente em revistas como a National Geographic.

Embora os números sejam sempre difíceis de contabilizar, uma vez que a festa invade cada vez mais zonas da cidade, a Câmara do Porto calcula que são já mais de 600 mil as pessoas que não perdem a oportunidade de festejar o São João nas ruas da cidade. A hotelaria está já praticamente esgotada para a semana da festa.