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Joana Providência estreia “Justiça” no Grande Auditório do Rivoli

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José Caldeira

Em “Justiça”, Joana Providência parte da interpelação milenar de Anacársis – “as leis são como teias de aranha que prendem os fracos e pequenos insetos, mas são rompidas pelos grandes e fortes” – que, diz, “ecoa no mundo contemporâneo com desconcertante pertinência”. A coreógrafa e o Teatro do Bolhão apresentam a peça no Grande Auditório do Rivoli esta sexta-feira e sábado, 3 e 4 de novembro, às 19h30.

O espetáculo visa a construção de uma criação coreográfica, habitada por questões como a diversidade, a escolha, a igualdade e a liberdade e pelo desejo de ser uma ferramenta de construção de justiça. “Problematiza a justiça, que nos parece, muitas vezes, enganosamente imediata, inevitável e segura, até ao momento em que testemunhamos a presença da injustiça e percebemos que aquela carece de cuidado permanente”, explica a autora.

No seu trabalho coreográfico, Providência desenvolveu uma linguagem pessoal de composição, onde privilegia a relação intérprete-coreógrafo, baseada num diálogo assente na apresentação de uma série de propostas para as quais os intérpretes desenvolvem respostas.

No dia 4, às 17 horas, há aquecimento paralelo com António Júlio, curador do Teatro do Bolhão, na Sala de Ensaios do Rivoli. “No âmbito da Justiça” parte do processo de montagem da peça de Joana Providência e convida os participantes a fazer uma viagem pelos materiais desenvolvidos e a experimentar o que do pensamento se tornou corpo e o que, daquelas histórias, se tornou ação. A atividade é de participação gratuita, com inscrição obrigatória (bilheteira.tmp@agoraporto.pt).

As entradas para "Justiça" custam 12 euros e estão disponíveis na bilheteira online do Teatro Municipal do Porto e nos polos do Rivoli e do Campo Alegre. A récita de sábado tem audiodescrição.