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Jan Martens de regresso ao Rivoli no arranque da nova temporada

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Phile Deprez

Quase seis anos depois de ter pisado o palco do Grande Auditório com “The Dog Days Are Over”, em dezembro de 2015, o coreógrafo belga Jan Martens regressa ao Porto com um novo espetáculo. É o destaque maior do primeiro fim de semana de programação da nova temporada do Teatro Municipal do Porto, a 18 de setembro.

Com este novo trabalho, a que deu o nome de “any attempt will end in crushed bodies and shattered bones”, Jan Martens expressou o desfasamento presente em diferentes corpos, moldados pela anatomia, mas também pela idade, num corpo de baile atípico, formado por 17 bailarinos.

Um grupo heterogéneo, de várias gerações – dos 16 aos 69 anos -, que tem na sua génese uma premissa essencial para o artista: uma trajetória e conhecimento técnicos diferenciados. Com a sua individualidade, cada um dos bailarinos procura a sua própria voz na dança e reclama o seu lugar no palco sem, para tal, anular os restantes.

Com este trabalho, o coreógrafo procura fazer com o grupo coloque de lado dogmas sociais para reconhecer e aceitar um conjunto de identidades distintas, em tempos de polarização (política, social, cultural) extrema.

A acompanhar o movimento em palco, a banda sonora é elemento fundamental para a afirmação, composta por canções de protesto de diferentes épocas: de Henryk Górecki a Kate Tempest, passando por Max Roach e Abbey Lincoln.

O espetáculo, com a duração de 1,20 horas, será apresentado em data única no Rivoli, a 18 de setembro, às 19,30 horas. Os bilhetes, à venda online, têm o custo de 12 euros. Em alternativa, o espetáculo estará disponível online, entre as 17 horas de 22 de setembro até às 23,50 horas de 23 de setembro, no TMP Online, com bilhete a 3,50 euros.

A programação do TMP está disponível na página oficial.

Quem é Jan Martens

Jan Martens nasceu em 1984, estudou na Academia de Dança de Fontys, em Tilburg, e concluiu a formação em dança no Real Conservatório de Antuérpia em 2006. O seu trabalho alimenta-se da crença de que cada corpo é capaz de comunicar e tem realmente algo a dizer. A cada nova produção, procura redesenhar a relação entre público e intérprete.

À sua peça de estreia, “I Can Ride a Horse Whilst Juggling So Marry Me”, de 2010, seguiram-se rapidamente múltiplos solos, duetos e peças de conjunto, como “The Dog Days Are Over”, apresentado no Rivoli em 2015, “Ode to the Attempt” (2014), “The Common People” (2016) e “Rule of Three” (2017).

Em 2020, Jan centrou a sua atenção pela primeira vez no grande palco com “any attempt will end in crushed bodies and shattered bonés”, que estreou a 3 de dezembro de 2020 no Concertgebouw Bruges.