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IPO do Porto celebrou cinquentenário com aposta na investigação clínica e modernização tecnológica

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O Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto completou, nesta quarta-feira, 50 anos de existência, um aniversário assinalado com novos projetos de investigação clínica e modernização tecnológica, lançamento de uma bolsa de investigação e a criação do primeiro conselho consultivo de doentes oncológicos.

Durante a cerimónia comemorativa, o presidente da instituição, Júlio Oliveira, anunciou o lançamento das bolsas de investigação Dr. José Guimarães do Santos, uma homenagem ao fundador e mentor da cultura organizacional da instituição, bem como a constituição do primeiro Conselho Consultivo de Doentes Oncológicos.

Em representação da Câmara do Porto, a vereadora da Saúde e Qualidade de Vida evidenciou o trabalho da instituição, que "tem sido o garante da prestação de cuidados de saúde altamente especializados e diferenciados, que resultam de uma aposta endógena e contínua na inovação e na integração da mais recente evidência científica".

"O Município do Porto reconhece a saúde como uma dimensão da vida, que, naturalmente, inclui a prestação de cuidados de saúde, mas vai além dela", explicou Catarina Araújo, sublinhando o papel fundamental do Plano Municipal de Saúde do Porto, do qual o IPO é parceiro.

"Esta ferramenta estratégica de gestão municipal, que identifica as necessidades em saúde, nas suas inúmeras dimensões, reconhecendo as potencialidades existentes no território, apresenta, igualmente, propostas de ação, numa perspetiva essencialmente preventiva, com carácter intersectorial e integrador", disse a responsável.

IPO cria associação para gerir recursos na área da investigação clínica

Irá chamar-se Porto Innovation Cancer Organization e tem como grande objetivo gerir de forma autónoma e ágil os recursos na área da investigação clínica. A futura associação também pretende contribuir para a retenção de profissionais altamente qualificados.

A Câmara do Porto integra a associação enquanto associado fundador e, neste âmbito, Catarina Araújo manifestou "o sentido de compromisso, a responsabilidade e o orgulho” em incorporar, "desde a sua fundação e com tão prestigiadas instituições do meio científico, clínico e académico, este projeto que visa posicionar o Norte de Portugal como polo Europeu na investigação do cancro, promovendo a produção de conhecimento, num ambiente de prestação de cuidados de saúde cujo potencial impacto na qualidade de vida das pessoas é de louvar, sem esquecer o importante contributo que dará para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde".

A associação juntará o IPO, a Câmara Municipal e a Universidade do Porto e quatro instituições privadas: Fundação Manuel António da Mota, Fundação Ilídio Pinho, Fundação Rui Osório de Castro e o Banco Carregosa.

A cerimónia comemorativa dos 50 anos do IPO do Porto foi presidida pela secretária de Estado da Saúde, Ana Margarida Pinheiro Povo, e contou com a presença de diversos representantes de outras entidades institucionais da área da saúde.

Para assinalar a data, os corredores e salas de espera da instituição foram invadidos por um conjunto de performances artísticas de teatro, música, dança, magia e artes circenses.