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Investigadores do i3S vencem Prémio

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Um projeto de investigação inovador no campo da recuperação
de lesões medulares,
liderado por Ana
Paula Pêgo e Mónica Sousa, investigadoras do Instituto de
Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), conquistou a edição deste ano do Prémio Albino
Aroso, um prémio
instituído pela Santa Casa da Misericórdia do Porto em 2014, em homenagem
ao antigo professor da U.Porto e "pai do planeamento familiar" em Portugal.


 


Atualmente estima-se que haverá
uma incidência de 30 casos de lesão na espinal medula por ano por cada milhão
de habitantes. A prevalência de sequelas rondará os 500 afetados por cada
milhão de habitantes, uma vez que não existem tratamentos efetivos que permitam
recuperar eficazmente destas situações incapacitantes. O projeto que a equipa
(inclui investigadores do i3S e do Centro de Reabilitação do Norte) idealizou
tem uma visão integradora do processo, ou seja, abrange investigação básica e
clínica e inclui metodologias clínicas que possam condicionar os resultados
pré-clínicos.


 


Por outras palavras, o projeto de
investigação irá englobar três áreas de saber distintas em modelos animais : a
biologia básica da recuperação das células nervosas; os biomateriais que
servirão de suporte à regeneração, impregnados de agentes terapêuticos para a
regeneração; e técnicas terapêuticas de reabilitação (fisioterapia),
normalmente negligenciadas nas fases iniciais destes estudos.


 


Como afirma Ana Paula Pêgo,
"apesar dos enormes avanços que se têm feito isoladamente nas três áreas que
estão na base do nosso projeto, não existem muitas abordagens que integrem as
três frentes em simultâneo". "Este é o ponto forte da nossa proposta", explica
a investigadora.


 


Na verdade, qualquer um dos grupos
envolvidos tem desenhado contributos importantes na neurobiologia,
nos biomateriais para promoção da regeneração neuronal, bem como na recuperação
de doentes. Mas até hoje nunca se tinham juntado para resolver o problema de
forma integral e integrada. Para isso, "propomos uma estratégia combinatória
que explora diferentes drogas/materiais e fisioterapia, alguns destes elementos
já usados na clínica, mas apresentados de forma a obtermos um efeito sinérgico
e, por isso, melhorado", explica Ana Paula Pêgo.


 


Com o valor simbólico de 50.000
euros, o prémio Albino Aroso será aplicado na compra de reagentes para os
trabalhos in vitro e in vivo essenciais ao
projeto. Para a equipa, "este prémio é também um reconhecimento
para uma área tão importante como é a das lesões medulares e da necessidade de
criarmos estratégias que possam permitir progresso relativamente às estratégias
atuais para tratamento destes pacientes".


 


Fonte: Portal de Notícias da U.Porto