Cultura

Instalação-performance leva a crise dos refugiados ao Palácio dos Correios

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"Sanctuary" é o nome da instalação-performance que tenta dar uma perspetiva diferente sobre o fenómeno dos migrantes e refugiados. A visão é do artista sul-africano Brett Bailey, que o Teatro Municipal do Porto trouxe à cidade e está desde ontem no Palácio dos Correios.

"Na África do Sul, vivemos com a xenofobia, principalmente para com cidadãos de outros países africanos que fugiram do conflito, da opressão, da pobreza e da devastação ecológica, em busca de novas oportunidades e segurança", recorda Bailey.

O ex-curador do festival sul-africano "Infecting the City", em Cape Town, aponta por outro lado os 65 milhões de pessoas classificadas pelo ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) como refugiados, deslocados e exilados. "Todos os dias os vemos nas imagens de televisão, nas fotografias dos jornais, nas ruas de uma cidade. São inúmeras imagens que, de tão fugazes, quase passam despercebidas; inúmeras línguas que se misturam num mesmo local mais ou menos cosmopolita; milhões de pessoas em busca de um novo lugar a que possam chamar 'lar'. Ou o seu novo 'santuário' ", donde o nome desta instalação-performance.

Brett Bailey é dramaturgo, designer, encenador e diretor artístico da companhia Third World Bunfight. Os seu trabalhos mais icónicos interrogam as dinâmicas pós-coloniais, tendo apresentado os espetáculos por toda a Europa, Austrália, África e América Latina.

O acesso a "Sanctuary" no piso 3 do Palácio dos Correios (Gabinete do Munícipe, na Avenida dos Aliados) é feito em grupos de sete pessoas, dando entrada de cinco em cinco minutos, para um percurso com a duração aproximada de 45/60 minutos.

Informação de horários e bilhetes aqui.