Proteção Civil

Inspetor nacional da PSP veio ao Porto agradecer a Rui Moreira a cooperação da Polícia Municipal

  • Isabel Moreira da Silva

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Ao primeiro dia em que a PSP do Porto tem ao seu serviço meios humanos e logísticos da Polícia Municipal, o inspetor nacional da PSP, o superintendente-chefe Pedro Clemente, veio ao Porto agradecer a Rui Moreira a prontidão no reforço da cooperação entre as duas unidades policiais no combate à pandemia.

Foi uma tarde de verdadeira ação conjunta aquela que se viveu hoje, no Porto, entre município e forças de segurança. No primeiro ato, a visita aos bastidores; no segundo, a imersão no palco dos acontecimentos, com uma dose q.b. de adrenalina, que só o teatro de operações é capaz de conferir.

Primeiro ponto de passagem: CGI (Centro de Gestão Integrada). É neste espaço que - ao minuto e sem cessar - a cidade é monitorizada, contando para isso com operacionais em permanência das mais diversas áreas da proteção civil e segurança.

O Centro de Gestão Integrada reúne num único espaço os serviços responsáveis pela Mobilidade e Transporte, Polícia Municipal (PM), Bombeiros, Proteção Civil, PSP, INEM e elementos empresa municipal Porto Ambiente. Está localizado no Quartel do Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto (BSB), na Constituição, e funciona 24 horas por dia nos 365 dias do ano, desde 2016.

Neste “cérebro” da cidade, há dezenas de ecrãs que monitorizam, em tempo real, tudo o que se passa através das mais de duas centenas de câmaras de vídeo que cobrem o território. O principal objetivo é aumentar a eficácia em áreas como a segurança, controlo de tráfego, limpeza urbana e recolha de resíduos.

No centro de operações trabalham cerca de 20 operacionais em contínuo, mas a rede de cooperação alastra a perto de um milhar de pessoas do universo municipal e forças de segurança, para articular ações de prevenção, minimização de impactos e resposta a emergências, constaram no local Rui Moreira e Pedro Clemente, acompanhados pela comandante do Comando Metropolitano da PSP do Porto, superintendente Paula Peneda, pelo comandante da Polícia Municipal do Porto, António Leitão da Silva, e pelo vice-presidente da Câmara do Porto e responsável pelo Pelouro da Inovação e Ambiente, Filipe Araújo.

Foi também para mostrar a capacidade de operação de meios do CGI que o autarca sugeriu a deslocação ao local do inspetor nacional da PSP. Pois além de desempenhar a missão de auxiliar os meios de segurança, controlo de tráfego e desencadear ações de proteção civil, nesta altura, o Centro de Gestão Integrada toma parte ativa no apoio às ações de fiscalização ao cumprimento das medidas restritivas impostas pelo estado de emergência.

O sistema de gestão integrada criado pelo Município do Porto é pioneiro a nível nacional e também um dos primeiros do mundo a obter a certificação ao nível de emergências, nas áreas de proteção e socorro, segurança e proteção civil.

Operação de fiscalização

Após a visita ao CGI, a comitiva seguiu para uma operação de fiscalização na rotunda de Bonjóia, no sentido Arrábida/Freixo (por baixo da Via de Cintura Interna), onde já elementos da Polícia Municipal atuam em colaboração com a PSP.

No local, Rui Moreira prestou declarações à comunicação social, salientando que esta cooperação é inédita no país, mesmo que haja agentes da PSP que estão em comissão de serviço à Polícia Municipal.

“É a primeira vez que isto acontece no país e consideramos que é uma medida muito útil”, referiu o autarca, salientando que esta união faz todo o sentido diante da “situação terrível que estamos a viver”.

“Acredito que é uma mais-valia e é demonstrativo também da vontade de colaborar com a Polícia de Segurança Pública. O senhor comandante da Polícia Municipal imediatamente me disse que era de facto a melhor solução”, assinalou ainda o presidente da Câmara do Porto, frisando que estas “operações integradas”, ainda que de cariz temporário, “poupam muitos recursos”.

E foi tudo aquilo que Rui Moreira teve possibilidade de dizer, pois a meio das suas declarações, os agentes policiais foram surpreendidos por uma viatura que decidiu furar a operação de fiscalização e arrancar a toda a velocidade, para ser apanhada mais uns quilómetros à frente, na Ponte do Freixo, pela PSP. Ossos do ofício.

Mais meios que a Câmara colocou ao dispor da PSP

Em 2019, o Município do Porto investiu mais de 200 mil euros na aquisição de câmaras de videovigilância, que colocou à disposição das forças de segurança.

No ano passado, já durante a primeira vaga da pandemia, entregou ao Comando Metropolitano da PSP do Porto dez viaturas de motor 100% elétrico, que passaram a ter mais meios para patrulhar a cidade.

Além deste apoio, a autarquia conseguiu que a Polícia Municipal ficasse com competências na área do trânsito, libertando recursos à PSP para ações de segurança pública.

A partir da meia noite de hoje, a totalidade dos meios da PM ficou sob o comando e controlo operacional do Comando Metropolitano do Porto da PSP e durará enquanto vigorar o dever geral de recolhimento domiciliário, imposto pelos decretos do Governo.

A Área Metropolitana do Porto tem cerca de 1,7 milhões de habitantes e o seu comando metropolitano apenas pouco mais de 3 mil agentes da PSP. Ou seja, no final de 2018 havia menos 12% de agentes do que em 2011, tendo desde então diminuído o efetivo todos os anos.