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Independência do Brasil assinalada com exposição, teatro e cinema no Coliseu

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Filipa Brito

7 de setembro marca o bicentenário da Independência do Brasil e a iniciativa MPB – Movimento Porto Brasil assinala a data com uma exposição, um teatro musical, uma mostra de cinema documental e uma residência artística no Coliseu do Porto para “celebrar a enorme diversidade e riqueza da cultura brasileira”.

No Dia da Independência inaugura a exposição “Contracapa”, que traz ao Coliseu 20 ilustrações da autoria de Júlio Dolbeth. As obras são interpretações das capas de discos icónicos que marcam a história da música brasileira: Caetano Veloso, Elis Regina, Elza Soares, João Gilberto, Maria Bethânia, Os Mutantes e Chico Buarque, entre outros nomes conhecidos.

“Contracapa”, diz a instituição, “conta uma história que é artística e criativa mas que também dá conta dos valores cívicos, sociais e políticos do seu contexto”. Poderá ser vista gratuitamente até 15 de novembro, sempre em dias de espetáculo no Coliseu.

Entre 15 de setembro e 15 de novembro, o Porto/Post/Doc, através do programa “Há Filmes Na Baixa!”, e em parceria com o Coliseu, oferece a Mostra de Cinema Documental Brasileiro. “Entre exibições inéditas ou projeções de filmes de antologia, recuperam-se alguns dos momentos fundamentais da história da cultura brasileira, das favelas aos palcos onde a mesma se foi forjando, e os cruzamentos entre música, dança, artes plásticas, arquitetura ou teatro de intervenção”, anuncia o Coliseu.

Para lá da tela, a mostra faz-se de um ciclo de mesas redondas para debater os temas centrais de cada obra, com convidados de várias áreas artísticas e cívicas.

Na mesma altura, a sala Lounge Ageas recebe a primeira residência artística lançada pelo Coliseu do Porto, dentro do programa InResidence. Durante dois meses, Gustavo Silvamaral estará no Porto a desenvolver uma nova criação no mundo das artes visuais.

O MPB traz de novo o nome de Chico Buarque ao Coliseu, a 20 de outubro, com o teatro musical Gota d'Água {Preta}, numa adaptação da obra escrita, em 1975, pelo músico e pelo poeta Paulo Pontes. Jé Oliveira atualiza a obra que “adaptou a tragédia grega de Medeia aos morros do Rio de Janeiro, para discutir as implicações sociopolíticas da ditadura militar brasileira, então vigente” e ainda hoje reflete “a realidade da mulher negra e a luta de classes”.

No dia 14 de outubro, o espetáculo Ledores no Breu, da Companhia do Tijolo, reflete sobre o legado pedagógico de Paulo Freire, a propósito do centenário do seu nascimento. Já a 29 de outubro, o músico e ativista Leo Bianchini apresenta Ouviram do Abaporu, uma história audiovisual da cultura do Brasil sob o signo da independência partindo do seu cancioneiro popular.