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Implantação da República assinalada no Porto com cerimónia no Bonfim

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Na manhã de quarta-feira, 5 de outubro, a Implantação da República foi assinalada com uma cerimónia na Junta de Freguesia do Bonfim.

O evento teve início com o hastear da bandeira nacional no edifício da Junta de Freguesia, seguindo-se a deposição de uma coroa de flores junto da estátua de Afonso Costa. O presidente da Associação Cívica e Cultural 31 Janeiro, Luís Cameirão, inaugurou a sessão evocativa no salão nobre da Junta de Freguesia do Bonfim, na qual interveio também o presidente da Assembleia Municipal.

“O 5 de Outubro de 1910 operou uma mudança de regime político em Portugal e lançou, deste modo, as bases de um sistema de governo mais moderno, democrático e liberal no nosso país”, começou por recordar Sebastião Feyo de Azevedo, acrescentando: “A vitória dos ideais republicanos plasmados na Constituição de 1911 significou, à época, a expectativa de construção de uma sociedade mais justa, instruída, igualitária e progressista. Muitos dos ideais republicanos só seriam cabalmente concretizados no atual regime democrático. Ainda assim, não devemos desvalorizar as muitas conquistas liberais e progressistas obtidas após a implantação da República.”

“É um orgulho para esta cidade ter estado no epicentro do movimento republicano. Como bem sabem, o Porto construiu, ao longo do século XIX, uma forte base política e social republicana, que foi determinante para a abolição da monarquia constitucional e a subsequente mudança de regime a partir de 1910”, afirmou o presidente da Assembleia Municipal, concluindo: “Não é demais lembrar a bravura demonstrada pela cidade durante os acontecimentos de 31 de Janeiro de 1891, um levamento espoletado por militares mas que contou com a adesão popular. O Porto foi o berço da primeira revolta republicana em Portugal, inscrevendo assim o seu nome na história do republicanismo português.”

A cerimónia contou igualmente com intervenções de Luís Parreirão (advogado e gestor de empresas), João Aguiar (presidente da Junta de Freguesia do Bonfim) e Carlos Nunes (grão mestre adjunto do Grande Oriente Lusitano), tendo sido pontuada por dois momentos musicais.

Notícia atualizada às 9h53 de sexta-feira, 7 de outubro.