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ICBAS expõe abordagem que olha a saúde humana, do animal e do ambiente como indissociáveis

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"A nossa saúde, a dos animais, a das plantas e a do ambiente estão interligadas e dependem de todos nós. Não há saúde humana nem animal com um ambiente doente. Todos podemos e devemos contribuir para proteger a saúde do planeta". É com esta certeza em mente que o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto organiza, entre 2 e 4 de novembro, a terceira Expo One Health.

Com a presença de várias entidades ligadas a esta abordagem, entre elas as principais unidades de investigação em Saúde Humana, Animal e do Ambiente parceiras da Universidade do Porto, mas também organizações não-governamentais, fundações e empresas, o evento, destinado a todos os públicos e de entrada livre, procura divulgar a aplicabilidade da prática.

Os visitantes terão oportunidade de "provar produtos alimentares de origem alternativa, como algas e insetos, ter contacto com cães de assistência capazes de melhorar o bem-estar de pessoas portadoras de deficiência, observar de perto insetos que podem transmitir doenças a outros animais e até conhecer como funciona um aparelho pasteurizador", avança Adriano Bordalo e Sá, professor do ICBAS e coordenador do Gabinete One Health.

Do programa da Expo One Health fazem ainda parte sessões sobre diversidade em saúde, justiça ambiental, migrações e saúde, além de uma exposição de fotografia.

Henrique Cyrne Carvalho, diretor do ICBAS, acredita que "a Expo One Health marca um ponto de viragem: uma escola aberta a todos, de proximidade, unida para promover a aplicação do conceito, não só numa perspetiva profissionalizante, mas também numa perspetiva quotidiana e ao alcance de todos".

O ICBAS explica que "a abordagem One Health reconhece que a saúde dos seres humanos, dos animais domésticos e selvagens, das plantas e dos ecossistemas, estão intimamente ligadas e dependem umas das outras", ideia mais recentemente sustentada pela Covid-19, o dengue ou a Zika.

A resolução destas problemáticas de saúde, sublinha o instituto, "exige uma abordagem One Health: transdisciplinar, integrada e sistémica, que mobilize múltiplos sectores profissionais e comunidades" como médicos, veterinários, biólogos, sociólogos, políticos ou economistas, "de forma a definir e executar soluções eficientes, duradouras, equitativas e inclusivas".