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Hospital de São João realizou em 2021 o maior número de cirurgias de sempre

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Filipa Brito

O ano de 2021 ficará na história do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, como o de maior número de doentes operados em 63 anos de existência. Ao todo foram realizadas 53.720 cirurgias, representando oito a 10% de toda a produção nacional cirúrgica convencional programada.

Segundo refere a unidade hospitalar, em comunicado citado pela agência Lusa, houve um aumento de 17% das cirurgias realizadas, correspondendo a mais 7.898 operações face a 2020, bem como "uma redução significativa da mediana de espera para 1,5 meses e, pela primeira vez, a resolução de todos os doentes a aguardar cirurgia há mais de um ano, sendo que 94% dos doentes foram operados dentro do Tempo Máximo de Resposta Garantidos".

O hospital teve necessidade de criar circuitos que permitissem o tratamento de todos os doentes covid-19 e não covid-19. Entre outras ações, redimensionou a unidade pós-anestésica como resposta à atividade eletiva e de forma a libertar camas de medicina intensiva, otimizou a capacidade dos blocos operatórios, conseguiu aumentar o número de salas operatórias de ambulatório e ampliou a ambulatorização, iniciou a monitorização domiciliária dos doentes operados, promoveu a hospitalização domiciliária e ainda desenvolveu a app “My São João”.

No comunicado, Elisabete Barbosa, diretora da Unidade Autónoma de Gestão (UAG) de Cirurgia do CHUSJ, esclarece que, apesar da pressão da pandemia, o centro hospitalar realizou cirurgias inovadoras e diferenciadas ao nível de centros mundiais de referência. “Os últimos dois anos foram de uma exigência inimaginável, mas as equipas mantiveram o entusiasmo e a motivação, o que permitiu a recuperação da atividade não realizada nos anos anteriores. O grande desafio para 2022 será a cirurgia robótica, projeto que perseguimos desde 2019 e que iremos concretizar”, afirma.

Em 2021, assinala-se, também uma melhoria dos indicadores relacionados com o tempo e a qualidade de resposta aos doentes oncológicos em estádios mais avançados por atraso no diagnóstico. “Fomos procurados por doentes e instituições para resolução dos casos mais complexos”, vincou aquela responsável.