Ambiente

Horta da Oliveira em Campanhã ganha 19 novos talhões para gestão comunitária

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Já era a maior horta municipal da cidade, mas ganhou uma nova dimensão. Aos 80 talhões da Horta da Oliveira, em Campanhã, juntam-se agora outros 19, permitindo a utilização por 99 pequenos agricultores. No total, o projeto Horta à Porta já tem 527 talhões, 331 deles privados e os outros 196 distribuídos por seis espaços municipais numa área cultivada de 8.275 m2.

Quatro destes novos talhões, distribuídos pelo vice-presidente da Câmara do Porto, com o pelouro do Ambiente e Transição Climática, Filipe Araújo, vão ter uma gestão comunitária dedicada à produção de plântulas e sementes para partilha e troca de sementes com outros hortelãos, dando prioridade a espécies autóctones e locais.

Esta proposta nasceu do trabalho realizado pelos grupos de trabalho participantes do Projeto Europeu H2020 URBiNAT, liderado na cidade pelo Município do Porto.

O vice-presidente da autarquia acredita que “a agricultura urbana tem estimulado a cidade com as suas multifuncionalidades que vão desde a produção de alimentos ao benefício do ambiente urbano, recorrendo à produção biológica e sustentável”.

O propósito é incentivar a dinamização de hortas por parte da população, promovendo a produção agrícola biológica, a valorização orgânica dos resíduos domésticos e o estímulo à economia circular e de proximidade.

A última horta municipal a nascer na cidade foi a de Paranhos, em março deste ano, com 32 talhões disponíveis para cultivo, mais uma prova de que, afirma Filipe Araújo, “se tem vindo a gerar um crescente interesse pelas hortas urbanas não só pelo reconhecimento do seu desempenho a nível ambiental, social e económico, mas também como espaços potenciadores de promoção da educação ambiental”.

“Adicionalmente são espaços de desenvolvimento espontâneo do convívio e motivação para a prática de atividades de ocupação de tempos livres”, acrescenta, referindo a estratégia do Executivo municipal, que olha para estes projetos “como instrumentos interessantes de ordenamento e planeamento territorial”.

Além da disponibilização dos espaços, o Município do Porto tem dotado os hortelãos de formação específica na área da Agricultura Biológica, em parceria com a LIPOR, de forma a “reforçar que o desenvolvimento sustentável voltado para a agricultura urbana é conseguido quando a atividade não degrada o ambiente”.