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Henrik Ibsen chega ao TeCA pela mão de Luís Mestre

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O Teatro Carlos Alberto (TeCA) estreia nesta quinta-feira uma adaptação livre do encenador e dramaturgo Luís Mestre sobre uma obra de Henrik Ibsen.

"A chegada de um comboio à cidade" tem como ponto de partida "Quando nós, os mortos, despertamos", que Ibsen escreveu em 1889, mas é uma apropriação livre por parte de Luís Mestre, que substitui as paisagens dos fiordes, onde a beleza da natureza se destaca, por uma cidade vertical e tecnológica que se ergue num arranha-céus frio e autossuficiente. Daí se avistam "a opressão, o apagamento e o tédio profundo provocados pela sociedade de produção e multitasking".

Para Luís Mestre - que já habituou o público aos grandes clássicos da dramaturgia universal de que "Agora sou Medeia" (2010) e "Do precipício tempestuoso de Ricardo III" (2013) são exemplos - o diálogo com os clássicos não é um diálogo cerimonioso com os mortos, mas uma conversa viva com todos aqueles que ainda não acabaram de dizer o que têm a dizer. Aliás, a obra de Ibsen que inspirou desta vez o encenador português começa precisamente por declarar que "Talvez seja possível ouvir o silêncio".

Com Ana Moreira, Sílvia Santos, Tânia Dinis e o próprio Luís Mestre no elenco, "A chegada de um comboio à cidade" é uma coprodução Teatro Nova Europa e Teatro Nacional São João (TNSJ), com apoio do Teatro Íntimo, e tem a estreia marcada para as 21 horas desta quinta-feira, ficando em cena até 22 de julho.
Pode ser vista à quarta-feira e sábado às 19 horas; à quinta e sexta-feira às 21 horas e ao domingo às 16 horas. A última récita terá tradução em Língua Gestual Portuguesa e o preço dos bilhetes é 10 euros.  

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