Cultura

Há um herbário "secreto" numa escola da cidade, que foi criado por Júlio Dinis

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Médico, o escritor que escrevia sob o pseudónimo Júlio Dinis tinha um terceiro interesse que poucos conhecem: a botânica. O mistério e o herbário resultante desse interesse são tema para a sessão deste sábado de Um Objeto e seus Discursos por Semana, às 18 horas na Escola Secundária Rodrigues de Freitas.

Joaquim Guilherme Gomes Coelho era o verdadeiro nome do médico e escritor natural do Porto que, no período mais brilhante da sua carreira literária, usou o pseudónimo de Júlio Dinis, nome que o imortalizaria nos vários romances publicados.

Na altura em que terminou o curso na Escola Médico-Cirúrgica, em 1861, sofria de problemas de saúde recorrentes, nomeadamente a tuberculose, pesada herança que já havia vitimado a sua mãe e todos os seus oito irmãos. Impedido de praticar ativamente a profissão de médico, dedicou-se mais intensamente à literatura que, a partir de então, denuncia a influência dos ambientes rurais para onde se retira por conselho médico, na expectativa de curar do mal que o enfermava.

Foi ainda esperançado numa cura de ares que, por duas vezes, esteve na ilha da Madeira. Aqui, e além de continuar a sua atividade de escritor, dedicou-se a recolher e colecionar espécies vegetais autóctones, com as quais compôs um herbário, hoje na posse do Museu da Escola Rodrigues de Freitas, antigo Liceu Nacional D. Manuel II.

Mas porque terá ficado este herbário na escola? Qual a sua relação com um outro herbário pertencente a este museu? Na sessão deste sábado do ciclo municipal Um Objeto e seus Discursos por Semana, poderão surgir as respostas com o contributo da professora responsável pelo museu, Beatriz Marques da Costa, e do especialista em história da botânica João Paulo de Sousa Cabral, sob moderação da diretora da escola, Maria José Ascensão.

A entrada é livre, embora limitada a 80 lugares.

+info: Um Objeto e seus Discursos por Semana