Cultura

Há novas intervenções artísticas para ver no Mural Coletivo da Restauração

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Inseridas no Programa de Arte Urbana do Porto, as novas intervenções artísticas no Mural Coletivo da Restauração já começam a ganhar forma. Desenvolvidos por sete artistas, os murais procuram levar a arte de rua ao encontro da comunidade, transformando espaços da cidade em museus a céu aberto. Os projetos ficam disponíveis durante um ano.

Por estes dias, 13 dos 14 módulos de sustentação dos Jardins do Palácio de Cristal voltaram a ser telas em branco para receber as novas ilustrações que vão surgindo nas diferentes tonalidades da cor verde.

Estendidas ao longo de 70 metros da Rua da Restauração, as criações projetadas pelas mãos de Diogo Pintampum, Low Class Club, Matilde Cunha, Leonor Violeta, Mariana Bento (Malva), Tiago de Carvalho (Oaktree) e Henrikas Riškas tornam agora mais alegre e colorido este arruamento da cidade.

Os artistas selecionados resultam da convocatória aberta lançada no passado dia 12 de dezembro, que acolheu 33 propostas, de um total de 28 artistas de três nacionalidades, todos residentes em território nacional.

A escolha dos artistas a intervir na quinta fase do Mural Coletivo ficou a cargo dos membros do júri, constituído pelo artista urbano Hazul (curador do programa), Ricardo Cannatá (arquiteto) e André Carvalho (Circus Network).

As criações vão permanecer durante um ano neste espaço da cidade e seguem um conjunto de regras que incluem a utilização de uma paleta comum, de forma a criar uma homogeneidade visual no mural. Sendo o verde a cor escolhida nesta edição, os artistas puderam ainda utilizar as várias tonalidades identificadas no regulamento da convocatória.

Além do Mural Coletivo da Restauração, o Programa de Arte Urbana do Porto estende-se a outros suportes, como postos de transformação da EDP. No Campo 24 de Agosto, pode descobrir-se uma intervenção do artista Godmess; na Rua de Vilar, uma obra de Rafi; e na Rua de Oliveira Monteiro, uma criação do artista Oker.

Inaugurado em 2014, por iniciativa da Câmara do Porto, através da empresa municipal Ágora – Cultura e Desporto, o Programa de Arte Urbana do Porto pretende contribuir para a divulgação e sensibilização da produção criativa de arte urbana, incentivando a sua prática num enquadramento institucional autorizado. Mais do que libertar muros e paredes, este programa estabeleceu uma nova e mais estreita relação entre a comunidade artística, o território e os seus habitantes, tornando esta forma de expressão numa experiência do dia-a-dia, capaz de transformar a paisagem da cidade.

Graças à iniciativa, já foram realizadas mais de 80 intervenções artísticas no espaço público da cidade do Porto, entre obras de caráter efémero ou permanente, nas suas mais diversas expressões, envolvendo mais de seis dezenas de artistas, novos e consagrados, nacionais e internacionais.