Economia

Grupo Mercadona volta a investir na cidade e cria mais de 60 postos de trabalho

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Fica em Lordelo do Ouro a terceira loja Mercadona no Porto. Um supermercado que vem com mais do que o papel de investimento económico na cidade: o grupo espanhol traz com esta nova loja a criação de emprego, a preocupação ambiental e uma vertente solidária.

Depois da Boavista e de Campanhã, o líder de retalho alimentar no mercado em Espanha instalou mais 1.900 metros quadrados de área de vendas na zona do Fluvial, na Rua de Diogo Botelho.

Para o presidente do Município do Porto, a escolha do local para investir é de enaltecer uma vez que, como lembra Rui Moreira, “quando chegámos à Câmara, esta zona era das mais degradadas da cidade, com fábricas abandonadas e pessoas a viver em situações lastimáveis”. Sendo “uma das zonas com maior densidade populacional”, está agora dotada de “equipamentos de qualidade como este”, além de “bem servida em termos de mobilidade”.

De acordo com a Mercadona, foram criados 65 postos de trabalho “estáveis e de qualidade, com contratos sem termo desde o primeiro dia, contribuindo assim para a criação de emprego local.”. Além deste fator, o grupo espanhol volta a apostar na responsabilidade social e esta terceira loja vai doar bens de primeira necessidade à Obra Diocesana de Promoção Social do Porto, o que vai permitir ajudar cerca de duas mil pessoas em situação de carência económica.

O presidente da autarquia afirma que “esta forma de devolver à sociedade alguma coisa é, naturalmente, apreciada pelo Município do Porto, porque nós procuramos estas parcerias para resolver os problemas de muitas pessoas, das pessoas que não podem vir às compras”.

Recorde-se que, ainda esta semana, o Executivo municipal aprovou a atribuição de um apoio excecional de 100 mil euros para assegurar o funcionamento dos quatro ATLs da Obra Diocesana do Porto.

A juntar ao investimento, à criação de emprego e à vertente solidária, a nova loja Mercadona responderá ao Modelo de Loja Eficiente da empresa. São criados 240 lugares de estacionamento e 10 destinados ao carregamento de veículos elétricos.

O supermercado vai assumir o conceito de Loja 6.25, inserido na estratégia do grupo que pressupõe o objetivo de, até 2025, reduzir 25% do plástico. Na Mercadona de Lordelo do Ouro, todas as embalagens são de plástico reutilizável e todo o plástico gerado terá o mesmo destino.

A política ambiental da empresa está, também ela, alinhada com a do Município. Rui Moreira lembra que a meta dos 25% era idêntica, mas que a cidade já está “com mais de 30%”. “Vamos ter que nos habituar a consumir menos plástico”, sublinhou o presidente da autarquia, reforçando o “esforço contínuo na sensibilização para as boas práticas”.

Uma nova loja no Porto a cada ano

A primeira loja do retalhista espanhol abriu no Porto em 2019, na Boavista, gerando 85 novos empregos, também com contrato sem termo desde o primeiro dia. No final de 2020, a Mercadona investiu em Campanhã, o que, para Rui Moreira veio reforçar “o plano de desenvolvimento da Câmara do Porto”. “Apesar do contexto económico adverso devido à pandemia, a cidade continua a ser um local de eleição para a realização de novos investimentos”, sublinhava, então, o presidente do Município.

Na altura, o foco de solidariedade do grupo espanhol concentrou-se no reforço do apoio aos restaurantes solidários da cidade, ação que já tinha assumido em abril, com a entrega de produtos frescos como fruta, legumes e carne.

Os resultados financeiros apresentados em abril mostraram que as primeiras 20 lojas da Mercadona em Portugal geraram um volume de negócios de cerca de 186 milhões de euros, depois de um investimento na ordem dos 113 milhões.