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França, Alemanha e Porto olham o futuro pela perspetiva dos jovens

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Os alunos do Colégio Alemão e do Lycée Français International convidaram e os representantes políticos acederam a responder a todas as perguntas. O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e as embaixadoras de França, Hélène Farnaud-Defromont, e da Alemanha, Julia Monar, estiveram juntos num encontro informal para assinalar os 60 anos da amizade franco-alemã e pensar o projeto europeu.

“Quand ils ne savent rien nous dire / Ils restent là à nous sourire / Mais nous les comprenons quand même” (Quando eles não sabem o que nos dizer / Ficam lá parados a sorrir para nós / Mas nós estendemo-los mesmo assim). A canção que a francesa Barbara veria igualmente traduzida para a língua alemã – Göttingen – foi a forma que a embaixadora da Alemanha escolheu para definir a amizade entre os dois países.

O encontro com os alunos teve lugar no Lycée Français International do Porto, depois de Rui Moreira ter recebido as duas diplomatas para um almoço comemorativo do Tratado do Eliseu, que, a 22 de janeiro de 1963, selava a reconciliação histórica da França e da Alemanha.

Os estudantes apresentaram aos três trabalhos que desenvolveram em áreas que a relação franco-alemã vem potenciando: a mobilidade, o intercâmbio, as políticas socioeconómicas, mas também a cultura, o desporto e os media. Dos jovens vieram também preocupações com as questões da democracia e da solidariedade.

Em resposta às perguntas dos alunos, Rui Moreira sublinhou que “a cidade do Porto sempre encontrou influências internacionais”, sendo “verdadeiramente uma cidade livre”, de onde “se parte para todo o mundo e se chega de todo o mundo” e, por isso, perfeitamente enquadrada no projeto europeu. Como afirmou a embaixadora de França, Hélène Farnaud-Defromont, “a multiculturalidade para vocês já é muito óbvia”.

Recordando aos mais jovens que “vocês têm a democracia e a liberdade como uma coisa adquirida”, mas elas, tal como a paz, não são normais, “são uma construção europeia”, o presidente da Câmara do Porto deixou a mensagem da importância de “dois dos maiores países europeus se compreenderem quando temos uma guerra à porta”.

Perante a questão sobre a importância do turismo para a cidade, Rui Moreira deu, novamente, o exemplo mais próximo dos estudantes: “hoje já ninguém vos pergunta se são do Oporto” porque a cidade deixou de ser “o segredo mais bem guardado da Europa”.

Para o presidente da Câmara, o turismo deixou para trás o “Porto de postal”, potenciando “uma relação mais cultural” dos visitantes com a cidade.