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Fórum para a Inclusão Social encerrou com “mobilizar” como palavra de ordem

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Com um balanço positivo do trabalho desenvolvido ao longo dos três dias de duração, o Fórum para a Inclusão Social encerrou na quarta-feira. À noite, no Teatro do Campo Alegre, teve lugar a apresentação final da 3.ª residência artística do projeto SOmOS.

“Foi com muito prazer que a Câmara do Porto organizou este Fórum para a Inclusão Social, que marca o términus do programa AIIA – Abordagem Integrada para a Inclusão Ativa”, começou por sublinhar o vereador da Coesão Social, no seu discurso de encerramento oficial do fórum, no Centro de Congressos da Alfândega.

Este programa foi concebido para responder, “de forma inovadora e experimental, aos problemas persistentes de assimetria socio-territorial decorrentes das dinâmicas contemporâneas de desenvolvimento urbano”, notou Fernando Paulo, lembrando que teve “especial incidência no vale da ribeira da Granja, em Lordelo do Ouro e Massarelos, e no Vale de Campanhã.”

Reconhecendo o contexto desafiante que decorre da situação pandémica e da guerra, o vereador da Coesão Social realçou “o percurso que o município tem vindo a fazer, por exemplo, na redução dos níveis de risco de pobreza e no forte investimento para a atração de investimento e na criação do emprego.”

O investimento em habitação pública e no lançamento de programas e de medidas que permitam mitigar os efeitos de falta de recursos para fazer face a despesas essenciais e básicas, como é o caso do Porto Solidário, ou em ações dirigidas mais especificamente a grupos vulneráveis, são ilustrativos “que a consciência está desperta para a indignidade da persistência de pobreza e exclusão”, frisou Fernando Paulo.

“Mobilizar deve ser, por isso, a palavra de ordem”, vincou o vereador. “Mobilizar recursos para o aprofundamento do direito a não ser pobre. Mobilizar vontades para que o combate seja um combate de todos”, reforçou.

O esforço deverá ser feito no sentido de “assegurar que as nossas crianças cresçam e se desenvolvam em ambientes familiares livres de privação e exclusão; valorizar a escola, o seu papel e missão; garantir aos nossos idosos condições de vida dignas; disponibilizar o acesso a serviços sociais e de saúde de qualidade a todos os cidadãos e famílias, em especial os mais vulneráveis; demonstrar que a pobreza e a exclusão não são compatíveis com um país livre e democrático; nos afirmarmos coletivamente como uma cidade solidária”, enumerou o vereador da Coesão Social.

“Foram três dias de trabalho intenso, onde foi possível fazer uma retrospetiva do trabalho feito, avaliar a eficiência e pertinência das muitas ações e projetos desenvolvidos e onde se perspetivou um conjunto de princípios e de orientações estratégicas em torno do trabalho futuro para a contínua construção de um Porto socialmente mais coeso”, resumiu Fernando Paulo.

“É fundamental todos continuarmos a assumir como imperativo coletivo o combate à pobreza e à exclusão social; sonhar que é possível erradicar a situação de pobreza em que ainda vivem muitas famílias em Portugal e no Porto, acreditar e lutar para que tal aconteça”, concluiu.

Na noite de quarta-feira, no Teatro do Campo Alegre, a programação do Fórum para a Inclusão Social chegou ao final com o espetáculo “É!”, resultado da 3.ª residência artística do projeto SOmOS Existimos, Criamos, Somamos (P)Artes.

Ao longo de três dias, o Fórum para a Inclusão Social proporcionou momentos de reflexão sobre o trabalho de inclusão e coesão social na cidade do Porto. As ilhas do Porto e os desafios da reabilitação urbana estiveram em análise durante a manhã do derradeiro dia do Fórum para a Inclusão Social, que incluiu a apresentação do livro “Ilhas do Porto: reabilitar para incluir”.