Sociedade

Fórum do Futuro terminou

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Depois de uma semana com lotações
esgotadas nas diversas salas que acolheram o primeiro festival internacional do
pensamento "Fórum do Futuro", o último fim de semana da iniciativa acolheu
muito público nas diferentes sessões que promoveu.


No sábado, no Teatro Municipal
Rivoli, três grandes vultos da ciência propuseram-se responder à questão "Todas
as doenças terão cura no Futuro?". O investigador Aaron Ciechanover, distinguido
em 2004 com o Prémio Nobel da Química, em diálogo com Alexandre Quintanilha
(IBMC) e Manuel Sobrinho Simões (IPATIMUP), abriram à discussão questões sobre
o acesso ao tratamento na nova era da biomedicina.


Mais ao fim da noite, a música
tomou conta do grande auditório do Rivoli com "Carta Branca a Pedro Tudela". Pedro
Tudela e Miguel Carvalhais, em A@parte, exploraram a utilização de sistemas
computacionais para a criação de música, arte sonora, instalações, performances
e bandas sonoras para audiovisuais e teatro. Juntou-se a esta apresentação a
artista visual austríaca LIA e o baterista e percussionista, figura de proa da
cena experimental e improvisada, João Pais Filipe.


No domingo, o dia começou com a
sessão "Os materiais do Futuro e a reconstrução do corpo", no Pequeno Auditório
do Teatro Municipal Rivoli. A partir da experiência científica e universitária,
Buddy Ratner (especialista em bioengenharia da Universidade de Washington) e
José Bragança de Miranda (Universidade Nova de Lisboa, especialista em
Sociologia e Ciências Comunicacionais) ensaiaram modos de abordar a
materialidade do corpo em contextos alternativos e refletiram sobre os limites
para a representação social desse mesmo corpo.


Seguiu-se uma sessão sobre "O
Futuro da Europa e os seus inimigos", com reflexões de Daniel Innerarity (Prémio
Unamuno de Ensaio, 2003) e do Ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional
(Prémio Gulbenkian de Ciência, 2010), Miguel Poiares Maduro, que há anos
reflete sobre o pensamento político no espaço europeu.


A sessão de encerramento sobre o tem
"Apocalypse, Now?", contou com as participações, divididas por duas mesas de
debate, do filósofo-poeta francês Michel Maffesoli, da professora e
investigadora Fátima Vieira, do filósofo português José Gil, e com as
experiências e visões políticas de Paulo Rangel e Augusto Santos Silva, que, no
campo da sociologia e da ciência política, se dedicam a interpretar o estado de
alma português.