Sociedade

Abertura do Fórum do Futuro esgotada

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O Grande
Auditório Manoel de Oliveira no Rivoli foi pequeno para receber a enchente que
quis assistir à conferência de abertura do Fórum do Futuro 2015 com o Nobel da Física 2006, John C. Mather. Ao fim
da tarde, também o Auditório do Museu de Serralves encheu para ouvir o
fotógrafo Wolfgang Tillmans.


 


A abertura do Fórum esteve a cargo do vereador da Cultura da
Câmara do Porto, Paulo Cunha e Silva que voltou a salientar o tema em destaque na programação deste ano na cidade, a "Felicidade" e o seu objetivo de trabalhar para a construção de uma cidade mais feliz.

A cerimónia contou também com Miguel Pereira Leite, presidente da Assembleia
Municipal e representantes de outras instituições parceiras da iniciativa, como
Sebastião Feyo de Azevedo, reitor da Universidade do Porto, Valente de
Oliveira, presidente do Conselho de Fundadores da Casa da Música, Ana Pinho, vogal
do Conselho de Administração de Serralves, e Nuno Carinhas, diretor artístico
do Teatro Nacional de S. João.


O Nobel da
Física 2006 esteve acompanhado, em palco, pelos cientistas portugueses Orfeu
Bertolami, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, e Carlos
Fiolhais, do Departamento de Física da Universidade de Coimbra, num debate em
torno da "Felicidade, luz e os segredos do Futuro".


John C.
Mather falou sobre a importância da luz como ponto de partida para a vida no
universo. O astrofísico da NASA, responsável pela coordenação do projeto do
Telescópio Espacial James Webb, que será lançado em 2018, revelou o que
poderemos ver através das lentes deste instrumento, usado para estudar o
primeiro contacto entre estrelas e galáxias, a expansão de outras galáxias como
a nossa, a formação de estrelas e planetas como o Sol e a Terra, e até o modo
como os sistemas planetários se desenvolvem com o tempo e se tornam capazes de
suportar vida.


No ano em
que se assinalam os cem anos da criação da Teoria da Relatividade Geral e, simultaneamente, o Ano Internacional da Luz, o astrofísico antecipou os passos
que serão dados após o lançamento do Telescópio Webb, numa altura em que poderosos instrumentos já estão a ser desenvolvidos e que nos irão permitir perceber
que planetas estão vivos, através da procura de oxigénio produzido por plantas
e algas.


Ao final da tarde, o reputado e influente
fotógrafo alemão Wolfgang Tillmans, também teve casa cheia durante a sua
conferência "A Felicidade sem título", no Auditório do Museu de Serralves.


Wolfgang
Tillmans juntou-se a Suzanne Cotter, diretora daquele museu, para falar sobre o
conceito de felicidade que percorre a sua obra. Da realidade das ruas londrinas
nos anos 90 às abstrações surgidas do próprio processo fotográfico, o alemão
revelou a forma como, ao longo do seu percurso, tem vindo a explorar a
fotografia, entendendo-a como um modo de transmitir a realidade contemporânea
através das dimensões sociais, económicas, relacionais, orgânicas, físicas e
espetaculares que captura com a lente da sua máquina.