Cultura

Formação e sensibilização acompanham a Movida

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Miguel Nogueira

A promoção da segurança e saúde na noite do Porto, no que se inclui a "sensibilização e educação para a cidadania e uso do espaço público", acompanha o programa definido para a Movida pela autarquia. Surge no âmbito da certificação europeia "Noite Segura" ("Safer Nightlife"), cujo processo de atribuição foi iniciado em maio, e envolve ações de formação destinadas, numa primeira fase, a responsáveis por estabelecimentos de recreação noturna. A primeira já se realizou.


Com uma segunda ação programada para breve, a diretora da Movida da autarquia, Ana Cláudia Almeida, está agora a preparar reuniões "com
moradores, entidades competentes e agentes económicos" da zona de animação noturna
definida em regulamento municipal. "Com
a participação de todos", pretende -se identificar consensualmente as áreas a intervir e, deste modo, estabelecer um plano de iniciativas "desenhado para
a realidade do Porto". Ruído, limpeza urbana ou convivência no espaço público
são assuntos em aberto que, envolvendo a noite, fazem também a cidade de dia,
conforme salienta a responsável.


Esta dinâmica colaborativa faz parte do projeto SAFE!N Porto,
que pretende refletir localmente a certificação "Safer Nightlife", criado pela Câmara com
a Agência Piaget para o Desenvolvimento.


Enquanto se realiza este trabalho, aguarda-se a publicação
em Diário da República do novo regulamento da Movida do Porto. Só depois este poderá
ser implementado. Recorde-se que o documento foi aprovado em dezembro passado
em reunião de Câmara e depois pela Assembleia Municipal.


Hoje mesmo, o jornal Público publicou um artigo sobre a tese
de doutoramento "A Cidade Notívaga: Ritmografia Urbana de um Party District na
Cidade do Porto", da investigadora Cláudia Rodrigues. No trabalho académico, conclui-se
que as dinâmicas noturnas funcionaram como um "catalisador" para a reabilitação urbana da baixa e centro histórico do Porto.