Cultura

Fitas de cassete encontradas na rua contam 15 anos de história do áudio da cidade

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O digital remeteu as cassetes de áudio para o estatuto de relíquias de museu e isso transformou o seu conteúdo numa espécie de obra de arte. Mas também de memória. Durante 15 anos, Pedro Augusto propôs-se recolher todos os pedaços de fita magnética que fosse encontrando pelo caminho. O resultado – um total de 15 horas de áudio – pode ser conhecido no Gabinete do Tempo, na Casa do Infante, até 5 de setembro. A entrada é gratuita.

As dezenas de pedaços de fita magnética de cassete encontradas nas ruas e recantos da cidade são as peças de arte que constituem a exposição “Found Tapes Porto, 2004-2019, 15 anos de memórias magnéticas”.

De comprimentos diferentes, estes pedaços de fita, privados dos seus suportes, perfazem agora uma centena de entradas, num total de 15 horas de áudio que inclui músicas de diversos estilos e épocas, gravações caseiras, cursos de idiomas e dados de jogos.

O tratamento do arquivo Found Tapes, desenvolvido com o apoio do Criatório., o concurso anual de apoio à criação e programação artísticas no Porto, permitiu que se restaurasse, catalogasse e estudasse este património áudio e magnético da cidade, ampliando-o a um grupo de investigadores internacional de diversas áreas, da etnomusicologia à sociologia, da arte sonora à psicogeografia.

O Gabinete do Tempo, que integra o Museu da Cidade, acolhe agora este trabalho de recuperação de certa memória áudio e magnética, e revela as relações sentimentais, técnicas ou culturais que desenham estas fitas na história e na geografia da cidade.

// Gabinete do Tempo - Casa do Infante
Rua Rua da Alfândega, 10
4050-029 Porto
De terça a sexta-feira | das 10 às 17,30 horas
Sábados e domingos | encerra às 17,30 horas