Cultura

Filme "Porto" estreia em fevereiro e já garantiu exibição em 25 países

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O realizador da primeira longa-metragem de distribuição
internacional rodada no Porto diz que "o Porto parece um cenário de teatro",
sublinhando a ser uma cidade ideal para receber a rodagem de outros filmes.
Gabe Klinger falava no final da antestreia do filme "Porto.", ontem à noite no
Rivoli.


À sessão assistiu também a francesa Lucie Lucas, a actriz
principal do filme rodado na Invicta no início de 2015 que conta a história de Mati e Jake, personagem interpretada pelo actor Anton Yelchin, que morreu após
a rodagem do filme. No argumento, protagonizam os papéis de dois estrangeiros
na cidade do Porto que tiveram uma breve, mas íntima relação. Permanece um
mistério sobre os momentos que partilharam.


Rodrigo Areias, cineasta e que neste filme foi um dos produtores,
agradeceu o apoio da Câmara do Porto que, pela primeira vez, apoiou
financeiramente uma produção desta natureza, mas também pela forma como facilitou
a captação de imagens e acolheu o projecto.


O produtor revelou que o filme já foi exibido em importantes
festivais de cinema, um pouco por todo o mundo, e continuará a ser exibido,
chamando a atenção para o Porto como excelente local para a rodagem de grandes
filmes.


A película tem já garantida a distribuição internacional e a
exibição comercial em 25 países, estreando em Portugal nas salas comerciais a 9
de Fevereiro de 2017.

Segundo Rodrigo Areias, este não é o único projecto em curso
no Porto, revelando estar em rodagem um filme japonês e muitos
outros projectos de maior ou menor dimensão em preparação.


A comparticipação financeira da Câmara do Porto foi de 75
mil euros, uma pequena parte do investimento total feito na produção do filme,
que ascendeu "a milhões de euros", segundo Rodrigo Areias.


Gabe Klinger, o realizador, revelou que quis filmar em
película de 35 milímetros e não em digital "porque o digital não capta tão bem
a luz do Porto. Quisemos captar essa luz do Porto", afirmou, assumindo inspiração em Manoel de Oliveira. Lucie Lucas, por
sua vez, salientou que a cidade consegue preservar cenários de outros tempos
que coabitam com edifícios mais recentes. "É como se víssemos diferentes tempos
consoante o local para onde nos viramos".


Ambos agradeceram aos portuenses, pela forma como acolheram
a produção, "de braços abertos", disse o realizador norte-americano. A memória de Anton Yelchin também foi recordada, de forma emocionada.