Sociedade

"Prémio Nobel das Pontes"

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A BERD e a
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) anunciaram no passado
dia 28 de julho o lançamento do Prémio Mundial de Inovação em Engenharia de
Pontes "BERD-FEUP WIBE 2017", através de um protocolo assinado entre as duas
instituições.


Pedro Pacheco, CEO da BERD, afirmou durante a
sessão de apresentação do prémio que "a engenharia de pontes portuguesa tem
condições para ocupar um lugar de liderança no mapa internacional da engenharia
civil", sustentando que "a organização de um prémio com esta envergadura
constitui uma enorme responsabilidade e um grande desafio, dado o objetivo de
contribuir para um posicionamento de liderança da engenharia de pontes
portuguesa". Por outro lado, é importante arriscar novos mercados e apostar na
inovação uma vez que se trata de um setor onde se "desenham novos limites todos
os dias", acrescentou Pedro Pacheco, desafiando os engenheiros a acreditarem
que ""a inovação é a semente do desenvolvimento".

O diretor da FEUP, João Falcão e Cunha, enfatizou
também a importância do galardão: "este é o primeiro prémio lançado a
nível nacional e internacional focado na inovação em engenharia de pontes",
devendo por isso passar a ser considerado "o prémio Nobel das Pontes",
enaltecendo assim a capacidade de inovação dos engenheiros nacionais e
internacionais. Trata-se de uma excelente oportunidade "para promover a nível
internacional as elevadas capacidades existentes no domínio da engenharia de
pontes", explica João Falcão e Cunha.


A ligação da BERD - uma empresa especializada
em equipamentos com sistemas de pré-esforço para a construção de pontes - e a
da FEUP neste prémio trianual, no valor de 50 mil dólares (46 mil euros)
remonta a 1996, ano em que a BERD surge no mercado como spin-off da FEUP, na sequência
da tese de doutoramento de Pedro Pacheco. Toda a base que sustentava a linha de
investigação da tese foi considerada inovadora à época: aplicar à estrutura de
pontes noções e princípios que normalmente estão associados ao músculo humano.
Surgiu assim o sistema OPS - Sistema de Pré-esforço Orgânico, uma espécie de
músculo artificial usado em cimbres (estruturas temporárias de suporte), para
construir pontes, já com patente mundial, e o M1, um equipamento de construção
que só se tornou viável com esta tecnologia.


A empresa sediada no Porto ocupa o top 3
mundial na área de soluções para a engenharia de pontes. Emprega 40
trabalhadores e está a exportar 100% do que faz. Em Portugal, marcou presença
no viaduto do Corgo, mas desde então tem-se dedicado ao mercado externo, tendo
neste momento cerca de 15 projetos a decorrer um pouco por todo o mundo.


Mais informações sobre o prémio aqui.

Fonte: Portal de Notícias da U.Porto