Cultura

Festival de Cinema BEAST cresce em várias frentes

  • Notícia

    Notícia

#DR_Segunda_Edicao_BEAST.jpg

A segunda edição do BEAST - Festival Internacional de Cinema chegou ao fim e apresenta um balanço encorajador para a organização, que aponta crescimento em vários indicadores.

"Este foi o ano de afirmação da continuidade do BEAST", diz a organização do festival, que decorreu até ao passado domingo em diversas salas do Porto.

Mais público, mais filmes, um programa mais variado e a cooperação com cinco festivais de cinco países diferentes são alguns dos parâmetros referidos, a par do Visegrad Film Hub que "trouxe um novo dinamismo".

Além disso, a organização do evento sublinha que "nas secções de competição - East Wave, East Doc e ExperimentalEAST - os três vencedores e as três menções do júri comprovam o importante papel do BEAST na internacionalização de novos talentos da Europa de Leste, sempre com uma importante componente social".

Na categoria East Wave, o prémio de melhor filme foi atribuído a "Seven Awkward Sex Scenes - Part One" de Liene Linde (2016, Letónia), pela "representação engenhosa e irónica da perspetiva baseada no género sobre relações pessoais e sobre a indústria cinematográfica. Auto-ironia e pensamento crítico no seu expoente máximo".

A menção do júri nesta categoria recaiu sobre "Warm Comedy about Depression, Madness and Unfulfilled Dreams" de Michal Duris (2007, Eslováquia), "pelo seu ritmo e pela sua estrutura punk, sem desculpas, tal como pelo seu tratamento humorístico sobre os desafios do dia-a-dia de uma família".

Já na East Doc, o melhor filme foi "Paper, Horse and Birds" de Zoran Tairovic (2017, Sérvia). "Pela criação de uma imagem poética e política de uma família, este filme negoceia, de uma forma bem conseguida, o papel do realizador e a agência das suas personagens", descreve o júri.

A correspondente menção foi para "Vytis" de Jevgenij Tichonov (2017, Lituânia), pois "pelo seu estudo não-exótico e inclusivo das personagens em questão, com uma atenção meticulosa pelos detalhes, este documentário criativo envolve o espectador nos seus próprios termos".

Na secção ExperimentalEAST, o melhor filme foi "Today is the 11th June 1993" de Clarissa Thieme (2018, Bósnia e Herzegovina), "pelo seu tratamento refrescante do mundano que persiste, apesar da guerra, e pela sua abordagem altamente conceptual na construção da representação cinematográfica". 

E a menção do júri contemplou "All Still Orbit", de Dane Komljen e James Lattimer (2016, Croácia), "pela sua exploração meditativa e atmosférica de dinâmicas de geopolítica não faladas e pela criação de paisagens subjetivas que convidam o espectador a entrar".