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Última semana do DDD com muitos espetáculos de dança ainda para ver

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O DDD - Festival Dias de Dança decorre a bom ritmo, com enfoque, nesta edição, para a apresentação de espetáculos inéditos de várias e vários artistas. Radouan Mriziga, Original Bomber Crew, La Chachi, Kate McIntosh e Amanda Piña apresentam, pela primeira vez em Portugal, os seus trabalhos, ao longo dos dias que restam de festival.

Em Matosinhos, é no Espaço Álvaro Siza Vieira na Casa da Arquitectura que se apresenta, pela primeira vez em Portugual, "Lybia", de Radouan Mriziga, nos dias 30 e 1 de maio, às 19h30. O coreógrafo marroquino, estabelecido em Bruxelas, procura desafiar a visão redutora do tempo.

Já no dia 2 de maio, no Coliseu Porto Ageas é apresentado, também pela primeira vez, “tReta”, uma invasão performática do coletivo brasileiro Original Bomber Crew, uma organização de práticas e pesquisa em hip-hop no território semiárido brasileiro. Este espetáculo é conflito, uma explosão, um ato premeditado para envolver o outro.

De regresso a Matosinhos, no dia 3, o Teatro Municipal Constantino Nery recebe mais uma estreia nacional: Los inescalables alpes, buscando a Currito de María del Mar Suárez aka La Chachi. Depois de conquistar o seu lugar nesta tendência recente de desmontar e repensar o flamenco, a atriz e bailarina traz ao Porto este espetáculo já apelidado de "inovador", "intenso", ""hipnótico", "magistral" e "visceral".

No Rivoli, a multifacetada artista neozelandesa, Kate McIntosh, apresenta, dia 4, Lake Life – um jogo, um puzzle e uma celebração intergeracional onde se entra com dois pés e talvez se saia com três. O jogo é transformação, imaginário e real, e o público é convidado a participar, no Palco do Grande Auditório do Rivoli.

A fechar a 8.ª edição do DDD, Amanda Piña com "Exotica", no Campo Alegre, nos dias 4 e 5 de maio. Neste trabalho, a artista chilena, mexicana e austríaca identifica o legado de artistas racializados a atuar nos palcos europeus e aquilo a que se refere como "a 'brown history' da dança europeia". "Exotica" é um ritual exuberante, através da qual os intérpretes, enquanto antepassados, pessoas queer e mulheres negras do passado e do presente, ressurgem em palco e entram em diálogo com o olhar e a ancestralidade do público. No dia 5, após o espetáculo haverá um "tchim-tchim" pós espetáculo a fechar esta edição do festival.

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Entretanto, o grande auditório do Teatro Rivoli foi um dos três locais escolhidos para abertura da edição 2024 do DDD – Festival Dias da Dança. Jefta van Dinther subiu ao palco para a estreia nacional de "Remachine".

Esta peça explora a interação entre humanos e um ambiente hipermecanizado incontornável, desenrolando-se como uma sucessão de causas e efeitos. O coreógrafo recorre ainda a uma orquestração de material vocal e físico, numa colaboração com a compositora Anna von Hausswolff. Este espetáculo pretende ser uma meditação sobre disciplina, persistência, insaciabilidade e o poder da mente sobre o corpo. Entre os espectadores encontrava-se o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira.

O DDD – Festival de Dança decorre até dia 5 de maio. Toda a informação está disponível aqui.