Cultura

Arte e cultura podem contribuir para melhorar felicidade nas cidades

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Gilles Lipovetsky deu ontem uma lição a um Rivoli que foi pequeno
para receber todos os que não quiseram perder a oportunidade de ouvir o famoso
filósofo francês. A felicidade foi, claro está, o tema das duas horas de conversa
que estabeleceu com as cerca de 800 pessoas que assistiram na sala principal.
Para permitir que mais gente pudesse assistir, a Câmara do Porto, que organiza
o Fórum do Futuro, abriu o segundo auditório do Teatro Municipal, onde
transmitiu a conferência em direto.

À sessão assistiram diversos presidentes de Câmara da Área Metropolitana do Porto, como Matosinhos e Valongo, o Bispo do Porto e personalidades como António Mexia (EDP) e Guta Moura Guedes, entre outros.


Lipovetsky dissertou sobre por que razão a evolução socioeconómica
das sociedades não trás, aparentemente, mais satisfação aos cidadãos e de que
forma a sociedade hiperconsumista contribui, não para a felicidade mas para a frustração.


O filósofo não foi, contudo, perentório quanto a conclusões
e remédios, apontando, ainda assim, alguns caminhos. Falando sobre "o que as
cidades podem fazer" e referindo-se ao convite que a Câmara do Porto lhe lançou
para vir à Invicta no âmbito do Festival do Pensamento que encerra hoje,
Lipovetsky disse que o trabalho nas escolas e através das artes, fomentando nos
cidadãos sentimentos de pertença na comunidade, pode contribuir para melhorar a
felicidade dos cidadãos, apontando a cultura como fator decisivo.


O discurso do filósofo francês agradou a Rui Moreira,
presente na sala e confesso seguidor de Lipovetsky, a quem não resistiu a pedir
que lhe autografasse um livro.


Ontem foi também dia de Phyllis Lambert, referência
internacional na defesa da arquitetura no espaço público foi outra das
oradoras.


O Fórum termina hoje à noite, mas ainda há muito para
assistir. Conheça o programa completo no site oficial.