Cultura

Feira do Livro arranca amanhã com lotação limitada e medidas de segurança apertadas

  • Notícia

    Notícia

A 7.ª edição da Feira do Livro, organizada pela Câmara do Porto, arranca já amanhã, nos Jardins do Palácio de Cristal. Lotação máxima de 3500 pessoas, acessos limitados, disposição de álcool gel e utilização obrigatória de máscara são algumas das medidas restritivas adotadas pelo evento municipal, que se adapta em plena época de pandemia e aposta no reforço das medidas, garantindo a segurança e bem-estar de quem o visita.

Ultimam-se os preparativos para mais uma edição da Feira do Livro da cidade. Neste que é um ano atípico, o certame literário adaptou-se às circunstâncias e, sob o mote "Alegria para o fim do mundo", procurou retomar as atividades culturais da cidade, proporcionando uma programação que, à semelhança dos anos anteriores, dispõe de uma grande variedade de eventos, agregando ainda outras iniciativas, como espetáculos e concertos (caso do Jazz ao Relento e do Trengolas).

Nuno Faria, diretor do Museu da Cidade e coordenador da programação do evento, afirma que "esta é uma edição que para nós foi muito desafiante", constatando que, ainda assim, "na essência, é exatamente igual às edições passadas".

Num ano marcado pela pandemia causada pelo novo coronavírus, a organização municipal do certame literário seguiu todas as orientações emitidas pela Direção-Geral da Saúde para a utilização de espaços públicos e realização de eventos culturais, adotando um conjunto de medidas de prevenção para a propagação do vírus.

Desta forma, a primeira grande mudança, em relação aos anos anteriores, foi o alargamento do espaço delimitado para a Feira e a adoção de um recinto fechado, com uma lotação máxima de pessoas, em simultâneo, no espaço.

Começando na já emblemática Avenida das Tílias, este ano, o espaço estende-se até à Casa do Roseiral, onde terão lugar vários momentos do evento.

"Podem estar 3500 pessoas ao mesmo tempo no recinto com as normas de circulação, sem haver ajuntamentos", refere Nuno Faria, admitindo que "esse é um número considerado confortável para uma vivência da Feira, que consideramos segura e descontraída".

Também os próprios acessos ao recinto foram adaptados, de forma a poder haver um maior controlo na circulação do público.

"Temos dois pórticos: pórtico de entrada e pórtico de saída, que terão um controlo eletrónico", permitindo assim contabilizar "à unidade, o número de pessoas que temos dentro do recinto", em qualquer altura do dia.

Além disso, ao longo de todo o espaço, serão colocados dispensadores de solução antissética de base alcoólica e, ainda, disponibilizadas a todos os stands, pela organização do evento, luvas descartáveis para o devido manuseamento dos livros expostos, por parte dos visitantes.

No que diz respeito à utilização de máscara, esta "será de uso obrigatório no acesso ao recinto" e "também nos interiores", sendo que "no exterior não é obrigatório, é facultativo, contudo, nas interações comerciais, nos stands, no acesso aos recintos interiores para espetáculos e nas entradas onde há maior ajuntamento de pessoas, é também obrigatório", acrescenta o diretor do Museu da Cidade.

Com o intuito de garantir o cumprimento das normas e facultar o esclarecimento de dúvidas, "haverá um conjunto de monitores e de promotores que estão identificados e que farão a gestão dos lugares onde poderá haver tendência para as pessoas se juntarem", caso das entradas dos stands, entrada e saída do recinto e dos locais onde haverá espetáculos.

Outra das alterações significativas desta edição, foi o reforço na sinalética, apelando à necessidade de adoção das medidas de prevenção e de rigor.

Desta forma, no recinto delimitado, haverá uma definição clara dos acessos de entrada e de saída, bem como dos respetivos circuitos, contando com "vários dispositivos que vão mapeando o recinto, de vária natureza, com indicações de segurança, com indicações dos sanitários, com indicações das várias entidades que aqui vão estar".

Com uma programação vasta, dividida por diversos espaços do recinto, ao longo de 15 dias, as iniciativas ocorrem dentro e fora de portas, com sessões no Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett e ainda em seis espaços a céu aberto (Concha Acústica, Lago dos Cavalinhos, Ilha, Terreiro da Casa do Roseiral, Terreiro da Biblioteca e Terreiro do Lago), que albergarão vários momentos da Feira do Livro.

Quanto ao acesso a esses espaços, Nuno Faria reforça que será controlado através do levantamento de bilhetes, gratuitos, para lugares sentados e devidamente distanciados, limitados à lotação definida para cada local.

"Os bilhetes podem ser levantados uma hora e meia antes dos espetáculos e a lotação ditará a disponibilidade de bilhetes".

O coordenador da programação do certame, refere ainda que "haverá uma grande clareza quer de circulação, quer do uso dos espaços" e que, para a organização, "é muito importante que as pessoas venham" e " se sintam seguras".

Com 115 stands de 80 entidades participantes, "todos aqueles que foram convocados para esta feira do livro responderam com entusiasmo na procura desta lenta introdução da normalidade", um fator muito positivo, acrescenta Nuno Faria, que garante que esta "celebração contida será, com certeza, um sucesso no sentido de nos reencontrarmos a nós próprios, os hábitos de leitura e a importância de estarmos uns com os outros".

A programação completa da Feira do Livro 2020 e as medidas de prevenção a adotar no recinto podem ser consultadas AQUI.

Horário Feira do Livro

Segunda a quinta-feira: Das 12 às 21,30 horas

Sexta-feira: Das 12 às 23 horas

Sábados: Das 11 às 23 horas

Domingos: Das 11 às 21,30 horas