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Fascículos, música e spoken word são as propostas do Museu da Cidade para fechar o ano

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Esta é uma semana cheia na programação do Museu da Cidade. Nesta quarta-feira abre no Gabinete Gráfico Raiz Fasciculada, uma exposição que dá corpo e voz ao lançamento de dezoito fascículos com temáticas e autorias que vão desde a botânica à música, na quinta a Extensão do Romantismo é palco para um recital e conversa sobre os Natais Portugueses do compositor Fernando Lopes-Graça, e na sexta há música e spoken word no Reservatório, com os Mao Mao e Adolfo Luxúria Canibal, como convidado especial.

Botânica, pintura de género, meditação, desenhos na areia, a sociedade das abelhas, música pop ou museologia, são alguns dos temas, suficientemente abrangentes ou mais específicos, que o Museu da Cidade propôs a um conjunto autores para produção de conhecimento e que agora lança ao público em forma de fascículos. A exposição Raiz Fasciculada materializa esses objetos de reflexão através do texto, da leitura e da imagem e abre nesta quarta, dia 15 de dezembro, no Gabinete Gráfico, situado na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, com um horário prolongado das 10 às 22 horas.

Neste dia, e com principal incidência às 18 horas, autores como Pedro Bandeira, António Poppe, João Sousa Cardoso, Alexandra Balona, ou Alastair Fuad-Luke e alguns colaboradores do Museu da Cidade, num palimpsesto de leituras, ativam a exposição, com orientação de Luís Araújo, do Ao Cabo Teatro. Fica lançado o convite ao visitante para também se tornar leitor, colecionar e, mais tarde, encadernar estes textos e imagens, mas também para participar nas oficinas de encadernação que acontecem às 10 e às 14,30 horas (com uma lotação limitada às atuais circunstâncias pandémicas e inscrição prévia).

É no Advento que Sofia Lourenço interpreta Natais Portugueses de Fernando Lopes-Graça, uma obra em que, à semelhança de tantas outras, o compositor empreende harmonizações de melodias populares portuguesas. A quarta sessão do ciclo Música e Romantismo decorre na quinta-feira, às 19 horas, na Extensão do Romantismo, e é seguida de uma conversa com Pedro Eiras. O escritor e investigador propõe-se a abordar as virtualidades de plasticidade lírica e musical da obra interpretada, numa conversa com moderação de Pedro Monteiro. A entrada para o recital tem o valor de 4 euros, ou dois euros para portadores do cartão Porto., de utilizadores das Bibliotecas Municipais do Porto ou estudantes.

A fechar a semana e também os destaques programáticos até ao final do ano, propõe-se ainda um concerto de spoken word no Reservatório, a primeira estação do museu à escala da cidade, e a mais ocidental, localizada no Parque da Pasteleira. Mao Mao é projeto musical idealizado pelo escritor Valério Romão e pelo poeta e músico José Anjos, em torno de poemas chineses antigos e contemporâneos escritos por trabalhadores fabris. Com a participação especial de Adolfo Luxúria Canibal. A sessão tem entrada gratuita, mediante levantamento de um máximo de dois bilhetes por pessoa no local no dia do espetáculo e até à lotação da sala.

O acesso a todas as sessões faz-se mediante apresentação do certificado vacinação ou recuperação válidos ou ainda certificado de testagem negativo (teste PCR realizado nas 72h antes; teste antigénio realizado nas 48h antes; não são admitidos autotestes).

O Museu da Cidade despede-se assim do ano de 2021, tendo já antecipado algumas das intenções de programação no próximo ano, que passam pela celebração do centenário da morte de Aurélia de Sousa e de continuar a abordar a Natureza, como motor programático maior, tal como fora anunciado no lançamento do projeto em fevereiro de 2020.