Ambiente

Faculdade de Medicina Dentária da U.Porto celebra dia com reflexão sobre a sustentabilidade

  • Porto.

  • Notícia

    Notícia

“Sustentabilidade: reflexões e estratégias” foi a temática escolhida para comemorar o Dia da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP), assinalado na passada quarta-feira.

Presente na sessão solene, o vice-presidente da Câmara do Porto e responsável pelo Pelouro do Ambiente e Transição Climática destacou as estratégias que o Município tem vindo a adotar no campo da sustentabilidade rumo à neutralidade carbónica.

Partindo da premissa de que os “grande motores da mudança” no contexto da sustentabilidade e do clima são as cidades, quer por estarem “mais próximas dos principais vetores de mudança comportamental que são os cidadãos”, quer “porque podem tirar partido da sua geografia física e humana para acelerar as mudanças face à inércia e peso da estrutura dos governos nacionais”. Filipe Araújo considera que desafios como a Sustentabilidade ou Combate e a Adaptação do território às Alterações Climáticas não se resolvem em ciclos políticos de quatro anos”.

“Por isso exigem compromissos políticos junto dos munícipes, mas também das instituições europeias, que não desviem os executivos municipais de um roteiro consistente e ambicioso: o Pacto dos Autarcas, o Green Accord e, mais recente, o Pacto do Porto para o Clima são exemplos disso”, referiu.

O vice-presidente da Câmara do Porto sublinhou, também, que o Município tem procurado estar na linha da frente e influenciar a Comissão Europeia para “aumentar a ambição nas suas metas”, “adequar o financiamento aos desafios locais” e “proporcionar melhor legislação”.

Filipe Araújo referiu alguns exemplos concretos destas ações, nomeadamente a presidência do Fórum Ambiente da rede Eurocities ou a participação em Partnerships da Urban Agenda, por exemplo no que toca à Economia Circular (em que a Comissão Europeia solicita às cidades planos de ação à escala local autónomos dos governos nacionais).

O Porto subscreveu, em 2009, o Pacto de Autarcas para o Clima, iniciativa lançada pela Comissão Europeia com compromisso de redução das emissões de CO2 em 45% até 2020, compromisso que foi renovado em 2019 para 50% com meta até 2030. “Segundo os dados mais recentes, no final desse mesmo ano [2019], o Porto atingiu a redução de 46% das emissões. Esse facto fez com que, em 2021, o Executivo da Câmara Municipal subscrevesse novamente o Acordo Cidade Verde e do Pacto de Autarcas para o Clima e Energia mas agora com metas mais ambiciosas.

Outro dos exemplos destacados pelo vice-presidente da Câmara foi a seleção do Porto para o restrito lote das 100 cidades europeias na missão “Cidades Inteligentes e com um Impacto neutro no Clima”.

Ao escolher a temática da sustentabilidade para a cerimónia do Dia da FMDUP, a comissão organizadora teve como objetivo “contribuir para a consciencialização crítica dos estudantes do Ensino Superior, docentes, não docentes, investigadores e público em geral, considerando que a área da “saúde oral deve, portanto, incorporar os objetivos de desenvolvimento sustentável no exercício da atividade e dar o seu contributo em prol da transição para uma economia verde, que permita a vida saudável e o bem-estar geral para todos e em todas as fases da vida”, pode ler-se numa nota assinada pela presidente da comissão, Cristina Areias.