Exposição "O Palco e a Cidade, Teatro no Porto 1850-1950" na Casa do Infante
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Entre 17 dezembro e 27 março 2017, a Câmara do Porto organiza a exposição "O Palco e a Cidade, Teatro no Porto 1850-1950". Trata-se de um percurso histórico possível, e não abrangente, da atividade teatral na cidade do Porto no período que se desenrola entre 1850 e 1950, numa perspetiva essencialmente diacrónica.
Trata-se de um percurso histórico possível, e não absoluto, da atividade teatral na cidade do Porto no período que se desenrola entre 1850 e 1950, numa perspetiva essencialmente diacrónica.
A principal forma de diversão dos portuenses era o teatro, daí existirem salas em número considerável. Estes espaços na cidade eram, geralmente, utilizados para diversos fins apresentando programas de teatro declamado ou lírico, teatro de revista, vaudevilles, mágicas e zarzuelas. Este espaço central de diversão passou, já no século XX, para o Cinema.
O teatro declamado, de pendor bárdico, alternava entre os principais escritores portugueses e autores estrangeiros, representando as tendências literárias europeias da época.
Em relação ao teatro lírico, o Porto foi local de visita de muitas companhias, sobretudo estrangeiras, com um reportório na língua original, que apresentaram óperas e operetas de autores tão variados como Gioacchino Rossini, Giuseppe Verdi, Georges Bizet. Nos programas estavam também incluídos compositores portugueses como Francisco de Sá Noronha, Ciríaco Cardoso e Alfredo Keil.
Um dos géneros mais populares desde os finais do século XIX foi a revista. Caracterizava-se por uma série de "atuações" independentes, com pequenas críticas aos costumes da aristocracia e da burguesia em plena ascensão.
Dos autores de revistas e operetas destacaram-se Arnaldo Leite, Luís Antero de Carvalho Barbosa e Heitor Campos Monteiro que formaram a Parceria do Porto.
O teatro foi sempre, desde a Grécia Antiga, o palco privilegiado para olhar e questionar a sociedade, papel esse que continua a desempenhar até aos dias de hoje.