Ambiente

Expansão do projeto de recolha de resíduos orgânicos chega a mais 12 mil famílias

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Filipa Brito

O projeto pioneiro de recolha de orgânicos do Município do Porto dá mais um passo na estratégia de chegar a praticamente toda a cidade até ao final de 2023. Já este mês, e em parceria com a Lipor, o Orgânico vai ser alargado a mais cerca de 12 mil famílias e, até fim do ano, a rede será composta por um total de 650 contentores.

Nesta fase, serão abrangidas as zonas da rua de Camões, Alegria, Santos Pousada, Amial, S. Tomé, Costa Cabral e Areosa, sendo os munícipes contactados para esclarecimento de dúvidas e entregue aos aderentes materiais informativos sobre o funcionamento do projeto, um balde de 7 litros para as sobras alimentares e um cartão de acesso ao contentor para deposição destes resíduos, bem como uma mochila e uma horta vertical.

Para facilidade de acesso dos munícipes, a estratégia de alargamento do projeto Orgânico preconiza também o reforço do número de contentores de proximidade, com o incremento da instalação de equipamentos até ao final deste ano, para cerca de 650.

Através desta iniciativa os portuenses já permitiram a diminuição de resíduos encaminhados para o indiferenciado, através da recolha de mais de 1.400 toneladas de resíduos alimentares, encaminhados para valorização.

Recorde-se que o Orgânico é apenas um dos vetores da estratégia do Porto para a gestão deste tipo de resíduos, que passa, em primeira linha, pela redução e combate ao desperdício alimentar, através de iniciativas como o “Dose certa”, ou o “Embrulha”, ao disponibilizar, gratuitamente, embalagens biodegradáveis aos restaurantes, para que os clientes possam levar as sobras das suas refeições.

Por outro lado, o município disponibiliza também soluções de tratamento local de biorresíduos, como a compostagem caseira (com a entrega de mais de 2 mil compostores) e comunitária, que permite, simultaneamente, uma redução de custos e de impactos ambientais associados ao tratamento centralizado. Neste âmbito, as duas unidades instaladas em 2021 em agrupamentos habitacionais, envolvem já mais de 140 famílias, apoiadas por técnicos da Lipor, no processo de compostagem para a obtenção de composto orgânico 100% natural, posteriormente aplicado nas suas hortas/ casas.

Recorde-se que a recolha seletiva de orgânicos no Porto surgiu em 2006, no setor não doméstico e conta, atualmente, conta com mais de 1200 aderentes. Em 2018 foi implementada, numa área constituída por habitações unifamiliares, a recolha seletiva porta a porta de papel, vidro, embalagens/metal e também de resíduos orgânicos

Esta área foi alargada em maio deste ano, tendo o sistema chegado também à zona das Antas. São já praticamente três mil famílias aderentes, com um total de 800 t/ano de recolha seletiva.

A expansão da recolha seletiva de biorresíduos é uma aposta estratégica do Município do Porto para a promoção da economia circular e para alcançar a neutralidade carbónica na cidade, em linha com os desafios do Pacto do Porto para o Clima, cuja gestão e coordenação a empresa municipal Porto Ambiente recentemente assumiu.