Proteção Civil

Exército e Sapadores treinam com espanhóis resposta a ameaça biológica

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“Rua Eng. Carlos Amarante, n.º 10. Reconhecimento a gás. Rua Eng. Carlos Amarante, n.º 10. Reconhecimento a gás”. Soou o alarme com o alerta para as equipas de intervenção – portuguesas e espanholas – responderem a um incidente provocado por um agente biológico. O exercício, o CELULEX 21, teve lugar na manhã desta sexta-feira no Quartel do Batalhão de Sapadores Bombeiros. Desta vez foi apenas um simulacro, mas deixou os operacionais mais bem preparados caso a situação ganhe contornos reais.

Depois do briefing inicial a partir do posto de controlo, as primeiras movimentações vêm do “laboratório de agentes biológicos” de onde sai uma equipa envolta em fumo e com “material contaminado”. Pelas palavras do comandante, as equipas do Elemento de Defesa Biológica, Química e Radiológica do Exército e dos Sapadores Bombeiros ficam a saber o essencial: o agente biológico é conhecido e há vítimas em diferentes estados de gravidade.

As imagens dos fatos de proteção já não são estranhas para a generalidade das pessoas, um hábito trazido pela pandemia da Covid-19. O que para alguns pode ainda ser novidade serão as formas de descontaminação que vêm sendo aperfeiçoadas, também pela resposta apreendida com o combate ao novo coronavírus.

Neste caso, foi testada uma inovação na descontaminação de viaturas de emergência, ainda em fase de investigação e desenvolvimento, trazida pela Delox e pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

É para isso também, para conhecer novos processos de descontaminação e melhorar o desempenho quando os agentes se encontrarem uma situação real, que o CELULEX 21 trouxe ao Porto militares da Marinha e do Exército espanhol.

Juntas, as equipas montaram diferentes linhas de intervenção: reconhecimento das áreas contaminadas, análise de amostras, descontaminação de viaturas, equipamentos, infraestruturas e vítimas, e mesmo um hospital de campanha.

O Elemento de Defesa Biológica, Química e Radiológica é parte da resposta do Exército para apoiar em situações de catástrofe ou outras emergências complexas.

Aos militares dos Exércitos português e espanhol e ao Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto aliaram-se neste exercício de simulacro a Agência Portuguesa do Ambiente, a Guarda Nacional Republicana, a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, a Polícia de Segurança Pública, e a Polícia Judiciária, num total de cerca de uma centena de intervenientes, tendo sido acompanhado de perto pela vereadora com o pelouro da Proteção Civil, Cristina Pimentel.

Além do Porto, o CELULEX 21 simulou a reação a um incidente provocado por um agente químico na Amadora, e a capacidade de resposta face a um evento de natureza radiológica, em Mangualde.