Sociedade

Exercício físico ajuda doentes

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Um conjunto de estudos desenvolvidos por investigadoras do Centro
de investigação em Atividade Física e Saúde da Faculdade de Desporto da
Universidade do Porto (CIAFEL) permitiram concluir que a prática de
exercício pode ajudar os doentes de Alzheimer a manter a sua
autonomia nas atividades do dia-a-dia.


 


Um dos projetos, intitulado "Exercício Físico, capacidade
cognitiva, capacidade funcional e qualidade de vida de idosos com Alzheimer",
arrancou em 2012 e começou por envolver um grupo de 30 doentes num
programa de atividades onde treinaram a força, o equilíbrio e a
flexibilidade. Numa segunda fase, o estudo foi alargado
a pessoas com diferentes tipos de demências, com as quais foram
trabalhadas vertentes como a capacidade funcional.


 


Em declaração à Agência Lusa, Arnaldina Sampaio,
investigadora do CIAFEL a frequentar o Programa de Doutoramento em
Atividade Física e Saúde da FADEUP, explica que "o objetivo passou por
permitir aos doentes preservar e manter as capacidades do dia-a-dia, como
vestirem-se sozinhos e ter força e equilíbrio suficiente para levantar e andar
sem auxílio e de forma autónoma". Ao mesmo tempo procurou-se trabalhar os
sintomas neuro-psiquiátricos (apatia e alucinações, por exemplo) que levam os
doentes a ser institucionalizados pelos seus cuidadores.


 


Este projeto está ligado ao programa "Comunitário mais
ativo, mais vivido", que fornece a idosos com mais de 65 anos, aulas de
exercício físico, duas a cinco vezes por semana, para trabalhar diferentes
aspetos físicos e sociais, nas instalações da FADEUP. Neste caso, procura-se
servir três propósitos: a "investigação, a formação dos estudantes (que
trabalham com os idosos durante um ano), bem como servir a comunidade",
esclarece Joana Carvalho, responsável pelo programa, professora e
investigadora da FADEUP.


 


Em ambos os projetos, as duas investigadoras verificam
que a prática de exercício físico pode ser importante na estabilização,
mesmo que transitória, do declínio clínico e funcional dos participantes. Uma
constatação que vai ser posta à prova, a partir de setembro, através da
dinamização de um programa de exercício físico destinado especificamente
a doentes com Alzheimer que ainda residam em suas casas e para os seus
cuidadores, a decorrer nas instalações da FADEUP.


 


Fonte: Portal de Notícias da U.Porto