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Executivo de Rui Moreira dá luz verde à reabilitação do pavilhão Rosa Mota

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O Pavilhão Rosa Mota vai ser reabilitado. A decisão de adjudicar a concessão ao Consórcio "Porto 100% Porto" foi hoje tomada pelo executivo, ao homologar a decisão do júri do concurso. Este desfecho põe fim a um conjunto de trâmites legais, levantados durante o concurso público lançado pela autarquia em 2014.


Com esta decisão, aprovada pelos vereadores independentes, do PS e do PSD (apenas o vereador da CDU votou contra) dá-se início ao processo que levará à
reabilitação do pavilhão, que ganhará a valência de centro de congressos,
devolvendo à cidade um equipamento que apresenta hoje elevados níveis de
degradação. Já em mandatos passados tinha sido tentada a concessão do pavilhão,
sem sucesso.


No âmbito da concessão, o consórcio vencedor, constituído
pela PEV Entertainment e pela Lúcios, terá agora que reabilitar o pavilhão a
suas expensas e explorá-lo durante os próximos 20 anos, pagando à Câmara do
Porto um valor superior a dois milhões de euros.


Durante a reunião de executivo, Rui Moreira recordou que a
anulação do concurso, que chegou a ser proposta pelas forças da oposição, teria
tido consequências financeiras graves para a autarquia e que, assim,
respeitando a decisão dos tribunais e do júri, se chega a uma solução que é boa
para a cidade.


O Pavilhão foi construído em 1951, substituindo o antigo
Palácio de Cristal, que se encontrava também degradado.


Em 1952, ainda com a abóbada incompleta, realizou-se ali o
Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins, em que Portugal sairia vencedor.


Ao longo dos anos, o Pavilhão dos Desportos, como era
conhecido, foi acolhendo, não apenas jogos de hóquei em patins, mas também de
badminton, basquetebol, andebol, voleibol, boxe, judo, ginástica, patinagem,
esgrima, futebol de salão, halterofilia, ténis, ténis de mesa, escalada, etc.
Aqui se têm realizado também diversas actividades recreativas e culturais,
nomeadamente, espectáculos musicais, teatro, circo, congressos e exposições,
etc.


O Pavilhão dos Desportos albergou também muitas feiras da
Associação Industrial Portuense até à construção da Exponor em 1987.


Em 1991 o Pavilhão de Desportos foi rebaptizado em homenagem
à atleta portuense Rosa Mota. Encontra-se bastante degradado e a sua
regeneração foi equacionada no anterior mandato, chegando a ser elaborado um
projecto da autoria do arquitecto Carlos Loureiro, autor do projecto original.
Decorreu também um processo de concessão, mas, o anterior presidente de Câmara
acabou por não autorizar a sua adjudicação, depois de uma forte contestação
popular, já que a intervenção implicava mexidas nos Jardins do Palácio de
Cristal.


O atual processo de concessão garante a preservação dos jardins, que continuarão na posse e sob gestão da Câmara do Porto, entregando ao consórcio vencedor apenas o pavilhão. A reabilitação não poderá alterar a morfologia do edifício nem ultrapassar os seus limites atuais.