Mobilidade

Executivo cumpre decisão da AM para estacionamento pago na zona ocidental

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A proposta para abertura de concurso que visa colocar em funcionamento o estacionamento pago à superfície na zona ocidental do Porto foi aprovada esta manhã pela maioria do Executivo municipal. "A Assembleia Municipal disse que quer estacionamento pago, mas entendeu não nos mandatar [ao Executivo] para concessionar", referiu Rui Moreira durante o debate explicando o porquê de o Município ter optado, neste caso, pela internalização do serviço.

A expansão das zonas de estacionamento pago na cidade, aprovada em Assembleia Municipal, vai agora poder beneficiar principalmente os moradores. Tal como no resto da cidade onde já há parcómetros, os moradores da União de Freguesias de Aldoar, Foz e Nevogilde, vão dispor de avenças anuais pelas quais pagarão apenas 25 euros, passando a ter lugar junto às suas residências e onde agora escasseiam.

Permitir uma melhor gestão do espaço público e transformá-lo gradualmente para usos mais sustentáveis é o principal objetivo subjacente à criação de estacionamento pago na zona da Foz, explicou esta manhã em reunião de Executivo o diretor municipal da Mobilidade e Transportes, Manuel Paulo Teixeira.

"A medida de fundo e estratégica é muito mais importante do que qualquer aspeto económico", porque a cidade está em crescimento e tem vindo a receber um crescente número de solicitações para um espaço que é finito, defendeu o responsável, que apresentou as medidas que vão ser postas em prática na zona da Foz, com intuito de "conquistar espaço para novos usos".

Com o estacionamento pago há, efetivamente, uma maior rotatividade de veículos, "o que beneficia não só os moradores, mas também o comércio e os serviços", constatou o diretor municipal. Além de que mitiga estacionamento em transgressão, promove mais segurança rodoviária e melhor ambiente, e facilita a circulação do transporte público, muitas vezes obstaculizada pelo bloqueio de veículos. Como observou Manuel Paulo Teixeira, "diariamente, a Polícia Municipal tem a árdua tarefa de desbloquear veículos que estão a perturbar o serviço de transporte público".

Nesta zona da cidade, o pagamento por hora será de 0,40 euros e os residentes terão acesso a avenças anuais de 25 euros para o primeiro e segundo veículos. Neste caso, em que a própria autarquia fará a contratação dos serviços de que necessita, nomeadamente a instalação da tecnologia e a sua manutenção, serão criados 3 000 lugares de estacionamento pago, sendo que 1 500 poderão ser dos moradores que solicitem as suas avenças.

Neste plano inicial (aprovado pela maioria independente, com os votos contra do PS, PSD e CDU), a colocação de parcómetros aplica-se a 42 arruamentos, sendo que em algumas artérias apenas parcialmente. Sem prejuízo, como esclareceu o responsável, de o desenho do arruamento ser aperfeiçoado e poder ser expandido mediante necessidade.

Na senda da política de sustentabilidade seguida pelo Executivo de Rui Moreira, o diretor municipal relembrou que é intenção do Município "eliminar os lugares privativos a partir de 2020", ganhando também, neste domínio, novos espaços para utilização pública.

Manuel Paulo Teixeira prevê que no final deste ano os parcómetros na zona ocidental da cidade estejam operacionais, assim ultrapassado todo o "calendário burocrático", entre concursos, aprovações e submissão do processo ao Tribunal de Contas. Está ainda prevista avançar com a construção de dois novos parques subterrâneos, em Caudouços e Aviz, assim que implementada a estratégia à superfície.

União de Freguesias aprova recomendação para estacionamento pago

Em dezembro do ano passado, a Assembleia Municipal da União de Freguesias de Aldoar, Foz e Nevogilde aprovou uma proposta de recomendação do movimento independente (contou com votos favoráveis de dois eleitos da bancad do PS e de um eleito do BE) para que aquele órgão autárquico envidasse "os esforços necessários "para garantir que a regulação do estacionamento à superfície também cubra esta União de Freguesias".

Esta posição é justificada pelo facto desta União de Freguesias "continua alheada de zonas de estacionamento pago dificultando o dia-a-dia de moradores e lojistas".