Mobilidade

Executivo avalia criação de transporte a pedido para locais onde o autocarro não chega

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Guilherme Costa Oliveira

Por razões de largura da rua e dimensão dos autocarros, o acesso do transporte pesado de passageiros está condicionado em muitas artérias da cidade. Olhando ao potencial de procura nestas zonas, assim como à missão de “garantir a ligação ao sistema de transporte público de forma eficiente”, evitando o recurso a viatura individual, a STCP Serviços desenvolveu um projeto-piloto de criação de transporte flexível e a pedido que, sendo assegurado por operadores de táxis, deverá ser experimentado durante seis meses. Proposta é discutida na reunião de Executivo de segunda-feira.

De acordo com o estudo feito pela empresa, o projeto – denominado “+perto” – deverá servir zonas com oferta deficitária em transporte público regular, sem horários pré-estabelecidos e atuando como complemento e não concorrente à rede de transporte público pesado de passageiros.

Os pontos de paragem estarão pré-definidos e será assegurada a otimização dos percursos, com a agregação de pedidos até três passageiros por veículo. A requisição do serviço de transporte flexível e a pedido será feita através de uma plataforma na internet ou por contacto telefónico e está reservada a residentes e titulares do Cartão Porto.

O utilizador pagará o valor fixo de 1 euro por viagem, sendo a distância máxima de deslocação de 2,5 quilómetros.

Os 50 locais de paragem resultam da auscultação dos presidentes de junta de freguesia e das sugestões enviadas à STCP, e foram definidos pela comprovada necessidade de garantir o transporte público.

Com a luz verde do executivo, os ensaios para validar os procedimentos de agendamento das viagens, bem como a verificação das condições de exploração pelos taxistas, arrancam ainda em abril. Ao fim dos seis meses do "+perto", será avaliada a formação de um procedimento de contratualização.