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Executivo aprovou voto de pesar pelo falecimento de Adriano Moreira

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Filipa Brito

O Executivo municipal cumpriu, na reunião pública desta segunda-feira, um minuto de silêncio em homenagem a Adriano Moreira, falecido no domingo aos 100 anos.

O momento surgiu na sequência da aprovação do voto de pesar apresentado pelo movimento Rui Moreira: Aqui Há Porto e lido pela vereadora Catarina Araújo: Adriano Moreira foi uma “figura ímpar e incontornável da nossa história, mestre inspirador de várias gerações”, evocava o texto.

“Homem com invulgar inteligência e competência, com cultura e com mundo, a que sempre associou a dedicação e disponibilidade para pensar e servir o País, com probidade, dedicação generosa e altruísta”, acrescentava o voto de pesar, recordando Adriano Moreira como “referência e inspiração para muitos, no direito, na política e na vida”. “Foi sempre fiel aos princípios e valores em que acreditava e defendeu até ao fim, sendo notável a forma como sempre esteve aberto a todas as mudanças, do País e do mundo, acompanhando-as”, sublinhava.

A carreira política de Adriano Moreira estendeu-se por vários anos. “Ministro do Ultramar de 1961 a 1963, depois de deixar o governo regressa ao ensino. Deputado à Assembleia da República em 1980, foi presidente do CDS entre 1986 e 1988, cargo que voltou a exercer de forma interina em 1991-1992 e vice-presidente da Assembleia da República de 1991 a 1995, tendo sido Conselheiro de Estado, eleito pelo Parlamento, entre 2015 e 2019”, lembrou ainda Catarina Araújo, assinalando que “recentemente, em 5 de junho de 2022”, Adriano Moreira foi condecorado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem de Camões de Portugal.

O voto foi aprovado com a abstenção da CDU e BE. “Tive oportunidade de conhecer Adriano Moreira na Assembleia da República, como deputado. Ele também teve um outro percurso, que naturalmente não deve ser esquecido. Não quero deixar de apresentar as sentidas condolências à família e amigos”, disse Ilda Figueiredo. “Tendo em conta a quantidade de pessoas que foram presas durante a ditadura, não conseguimos acompanhar este voto de pesar, da forma como está redigido”, afirmou Maria Manuel Rola.

Numa declaração de voto, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira fez questão de dar nota às duas vereadoras que “desde 2013 votámos sempre favoravelmente todos os votos de pesar que aqui foram apresentados. Algumas delas que defenderam modelos ditatoriais que não vingaram. Doravante sentir-me-ei livre para votar não favoravelmente todos os votos de pesar que sejam apresentados por estes partidos, que a meu ver são partidos não democráticos.”