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Executivo aprova voto de pesar por Madalena Sá e Costa

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Em memória da vida e música de Madalena Sá e Costa, que faleceu esta semana aos 106 anos, o Executivo municipal aprovou, nesta sexta-feira, um voto de pesar. Em reunião privada, recordou-se a “violoncelista, pedagoga e figura tutelar da História da Música do século XX em Portugal”.

“Foi numa atmosfera artística muito especial, respirando música e sempre na cidade do Porto que Madalena Sá e Costa permaneceu toda a sua centenária vida”, lembra o documento assinado pelo presidente da Câmara do Porto, e aprovado por unanimidade por todas as forças políticas.

Rui Moreira acredita que “quem teve o privilégio de cruzar o seu caminho, recorda o sorriso aberto e a ternura com que transmitia os conhecimentos herdados de três gerações”.

Nascida numa família de músicos, Madalena Sá e Costa “terá sido a única que elegeu o violoncelo como seu primeiro instrumento”, tendo sido “discípula da incontornável violoncelista Guilhermina Suggia e ainda do pai desta, Augusto Suggi”.

A homenagem à violoncelista, irmã da pianista Helena Sá e Costa, com quem atuou em dueto durante cinco décadas, recordou ainda a sua formação no Conservatório Nacional, assim como o “notável percurso, consagrado internacionalmente.

Premiada por várias entidades ao longo da carreira, destaque para a distinção do Orpheon Portuense. “O vastíssimo reportório interpretado por Madalena Sá e Costa marcou profundamente o contexto musical português e do Porto, tendo influenciado gerações e gerações de músicos e de públicos”, refere Rui Moreira, sem esquecer a “notável ação pedagógica”, por exemplo, no Conservatório de Música do Porto, fundado pelo seu pai em 1917.

Em 2015, a Câmara do Porto, por proposta do então vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva, e em parceria com o Conservatório de Música do Porto, dedica a Madalena Sá e Costa o nome de um prémio que vem apoiando vários jovens intérpretes de vários instrumentos.

Nesse ano, o Município agraciou a violoncelista com a Medalha de Mérito – Grau Ouro.